Galileo (sonda espacial) | |
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Concepção artística da sonda sobrevoando Io, com sua antena de alto-ganho completamente aberta. | |
Tipo | Orbitador |
Operador(es) | ![]() |
Identificação NSSDC | 1989-084B |
Identificação SATCAT | 20298 |
Website | Galileo - NASA |
Duração da missão | 13 anos, 11 meses e 3 dias |
Propriedades | |
Fabricante | ![]() ![]() ![]() ![]() |
Massa | Orbitador: 1,884 kg Aterrissador: 339 kg |
Potência elétrica | Orbitador: 570 watts Aterrissador: 730 watt-hora |
Geração de energia | Orbitador: GTR Aterrissador: Bateria |
Massa de carga útil | Orbitador: 118 kg Aterrissador: 30 kg |
Missão | |
Data de lançamento | 18 de outubro de 1989, 16:53:40 UTC |
Veículo de lançamento | Atlantis (STS-34) |
Local de lançamento | ![]() |
Destino | Júpiter |
Data de inserção orbital | 08 de dezembro de 1995, 01:16 UTC |
Data de aterrissagem | Aterrissador: 07 de dezembro de 1995, 22:04 UTC |
Local de aterrissagem | Aterrissador: 06°05′N 04°04′W |
Decaimento | Orbitador: 21 de setembro de 2003, 18:57:18 UTC |
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Galileo foi uma nave espacial norte-americana não tripulada, lançada pela NASA para estudar o planeta Júpiter, suas luas e outros corpos celestes do Sistema Solar. Batizada em homenagem ao astrônomo italiano Galileo Galilei, ela consistia em um orbitador e de um sonda atmosférica e foi lançada ao espaço em 18 de outubro de 1989, a partir da órbita terrestre, levada pelo ônibus espacial Atlantis na missão STS-34. Entrou em órbita de Júpiter em 7 de dezembro de 1995, após uma jornada de seis anos pelo espaço assistida pela gravidade de Vênus e da Terra, sendo a primeira sonda espacial a orbitar o planeta gigante. Ela também lançou a primeira sonda no planeta, que transmitiu dados de sua atmosfera antes de ser destruída na descida pela pressão e pelo calor, sem fazer contato com solo firme.[1]
Em sua longa jornada até Júpiter, a Galileo fez novas descobertas pelo caminho, enviou grande quantidade de dados sobre as luas jovianas Io, Europa, Calisto e Ganimedes e observou a colisão do cometa Cometa Shoemaker-Levy 9 em julho de 1994. Apesar de problemas sofridos em sua antena, ela realizou o primeiro sobrevoo de um asteroide, o 951 Gaspra e descobriu a primeira "lua" de um asteroide, Dactyl, em torno de 243 Ida.[1]
Os dados enviados permitiram novo conhecimento da composição da atmosfera de Júpiter e nuvens de amônia também foram mapeadas, possivelmente criadas por escoamento das camadas mais internas da atmosfera. O vulcanismo de Io e sua interação com a gravidade e a atmosfera de Júpiter também foram gravados. As observações feitas nos satélites também permitiram sustentar a teoria da existência de um oceano líquido sob a superfície congelada de Europa e indicaram a possibilidade de camadas de água salgada sob a superfície de Calisto e Ganimedes, este último mostrando possuir um campo magnético. Evidências também foram colhidas de uma exosfera em torno de Europa, Calixto e Ganimedes. A Galileo também mapeou a extensão e a estrutura da magnetosfera de Júpiter e descobriu que o tênue sistema de anéis em torno do planeta é formado por poeira decorrente de impactos sofridos pelas quatro pequenas luas internas.[1]
Em 21 de setembro de 2003, após 14 anos no espaço e oito deles orbitando o sistema joviano, a missão foi encerrada com a sonda espacial sendo deliberadamente tirada da órbita e lançada para a atmosfera de Júpiter a uma velocidade de 48 km/s, desintegrando-se na queda para assim proteger as luas jupterianas, principalmente Europa, de uma possível contaminação com bactérias terrestres, já que acredita-se que em Europa exista um oceano abaixo da crosta de gelo que possa carregar vida.[2]
Em 11 de dezembro de 2013, a NASA anunciou, baseada em estudos dos dados transmitidos pela Galileo mais de uma década antes, que foram detectados minerais de argila – mais especificamente filossilicatos – frequentemente associados a material orgânico, na superfície congelada de Europa. De acordo com cientistas, a presença destes minerais deve ter sido causada pela colisão de um asteroide ou um cometa com o satélite.[3]