Grande Seca na Região Nordeste do Brasil (1877-1879) | |
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Mapa da região da seca de 1877, do engenheiro André Rebouças, acervo da Biblioteca Nacional. | |
Duração | 1877-1879 |
Vítimas | Entre 400.000 e 500.000 mortos 190.000 deslocados |
Áreas afetadas | Região Nordeste do Brasil |
Causas | Longo período com índice pluviométrico abaixo do esperado |
A Grande Seca, ou a seca no Nordeste brasileiro de 1877–1879, foi o mais devastador fenômeno de seca da história do Brasil, ocorrido no período imperial brasileiro.[1] A calamidade é responsável pela morte de entre 400.000 e 500.000 pessoas.[2][3] De um total de 800.000 pessoas que viviam na área afetada da região Nordeste, em torno de 120.000 migraram para a Amazônia, enquanto 68.000 migraram para outras partes do Brasil.[2] A região mais afetada foi a província do Ceará. Foram três anos seguidos sem chuvas, sem colheita, sem plantio, com perda de rebanhos e com a fuga das famílias, deixando despovoado o sertão. Tanto esse evento de estiagem quanto anteriores e posteriores estão associados ao fenômeno El Niño e suas interferências diretas ao clima dessa e outras regiões.
Antes da Pandemia Mundial de COVID-19, era o maior desastre natural do Brasil por número de mortos.[4][5]