Guerra Civil Finlandesa

Guerra Civil Finlandesa
Primeira Guerra Mundial e Revoluções de 1917–1923

Parada de Jägers finlandeses em Vaasa, após retorno da Alemanha.
Data 27 de janeiro15 de maio de 1918
Local Finlândia
Desfecho Vitória dos brancos
  • Divisão aprofundada entre os finlandeses
  • Término do domínio russo na Finlândia
  • Hegemonia alemã até novembro de 1918
Beligerantes
Guarda Branca
Império Alemão
Voluntários suecos, estonianos e poloneses
Guarda Vermelha
República Federativa Socialista Soviética da Rússia
Comandantes
C. G. E. Mannerheim
Ernst Linder
Ernst Löfström
Martin Wetzer
Karl Wilkman
Rüdiger von der Goltz
Ali Aaltonen
Eero Haapalainen
Eino Rahja
Adolf Taimi
Kullervo Manner
Hugo Salmela
Konstantin Yeremejev
Forças
80 000 – 90 000 finlandeses,
550 voluntários suecos,
14 000 alemães[1]
80 000 – 90 000 finlandeses,
4 000 – 10 000 russos[1]
Baixas
Brancos:
3 414 mortos em ação,
1 400 – 1 650 executados,
46 desaparecidos,
4 mortos em campos de prisioneiros
Alemães:
450-500 mortos em ação[2]
Vermelhos:
5 199 mortos em ação,
7 000 – 10 000 executados,
2 000 desaparecidos,
11 000 – 13 500 mortos em campos de prisioneiros
Russos:
700 - 900 mortos em ação
1 500 executados[2]

A Guerra Civil Finlandesa fez parte de um tumulto nacional e social causado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa. A guerra foi travada na Finlândia de 27 de janeiro a 15 de maio de 1918, entre as forças dos social-democratas chamados "Vermelhos" (punaiset), apoiadas pela União Soviética, e as forças do senado conservador não-socialista, comumente chamado de "Brancos" (valkoiset), apoiados militarmente pelo Império Alemão e voluntários da Suécia.

A derrota na Primeira Guerra Mundial e as revoluções de Fevereiro e Outubro em 1917 gerou um colapso total do Império Russo, e a destruição na Rússia resultou em uma destruição correspondente da sociedade finlandesa durante 1917. Os social-democratas na esquerda e os conservadores na direita competiram pela liderança do estado finlandês, que mudou da esquerda para a direita em 1917. Ambos os grupos colaboraram com as forças políticas correspondentes na Rússia, aprofundando a divisão no país.[3]

Como não havia polícia e forças armadas popularmente aceitas para manter a ordem na Finlândia após março de 1917, a esquerda e a direita começaram a criar grupos próprios de segurança, levando a emergência de duas tropas militares armadas independentes, a guarda branca e guarda vermelha. Uma atmosfera de violência política e medo se instaurou entre os finlandeses. O combate começou durante janeiro de 1918 devido aos atos de ambos vermelhos e Brancos em uma espiral de escalada militar e política. Os brancos saíram vitoriosos da guerra e a maior consequência da crise de 1917–18 e Guerra Civil é a passagem da Finlândia do controle russo para a esfera de influência alemã. O senado conservador tentou estabelecer uma monarquia finlandesa regida por um rei alemão, mas com a situação da Alemanha após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Finlândia emergiu como uma república independente.[4]

A guerra civil permanece como o evento mais controverso e com maior peso emocional na história da Finlândia moderna, inclusive tendo havido disputas sobre como o conflito deve ser chamado.[5] Aproximadamente 37 000 pessoas morreram durante o conflito, incluindo baixas nas frentes de guerra e mortes pelas campanhas políticas de terror e altas taxas de mortalidade em campos de prisioneiros. O tumulto destruiu a economia, dividiu o aparato político e a nação finlandesa durante muitos anos. O país foi lentamente reunido através de concessões dos grupos políticos moderados de esquerda e direita.[6]

  1. a b Havia 2000 soldados femininas (idade média de 20 anos) na Guarda Vermelha, Arimo 1991; Manninen 1992–1993 II, p. 131, 145; Upton 1981, p. 107
  2. a b Manninen 1992–1993; Paavolainen 1966; Upton 1981, p. 191, 453; Westerlund 2004
  3. Upton 1980, p. 109–114 e 195–263; Alapuro 1988, p. 185–196; Haapala 1995, p. 11–13 e 152–156
  4. Upton 1980, p. 434–435; Ylikangas 1986, p. 163–172; Manninen, T. 1992 em Manninen, O. ed., parte I p. 346–395 e 398–433; Haapala 1995, p. 223–225, 237–243; Vares 1998, p. 56–137; Jussila 2007, p. 264–291
  5. A Guerra Civil Finlandesa também já foi chamada de Guerra de Liberdade, Guerra de Confrades, Guerra de Classe, Rebelião Vermelha, e Revolução Finlandesa. Haapala 1993; Manninen 1993; Ylikangas 1993b; Lackman 2000
  6. Haapala 1995, p. 241–256

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