A guerra das Comunidades de Castela, também conhecida como Revolta dos Comuneiros (em castelhano: comuneros) foi um levantamento contra a coroa que teve lugar entre 1520 e 1522, protagonizado pelas cidades do interior do Reino de Castela.
Alguns historiadores qualificam-na como uma das primeiras revoluções modernas. Em Castela, a Revolta aconteceu motivada contra as pretensões do rei Carlos I da Espanha em modificar o governo da coroa, subtraindo poderes das comunidades de Vila e Terra castelhanas (as cidades) com o objetivo de aprofundar a centralização do poder. No primeiro caso alinha-se o historiador José Antonio Maravall,[1] Julio Valdeón Baruque ou o historiador francês Joseph Pérez.[2] autor do livro Los comuneros, e talvez o maior perito no movimento comunero.
Em contrapartida, os partidários da segunda opinião defendem que um maior poder real é garantia de modernidade, posto que é característica do medievo a fragmentação do poder e, no caso da Coroa de Castela, a necessidade dos monarcas, desde tempos remotos, de apoiarem-se nas cidades (as denominadas "cidades com voto nas Cortes", que tinham um poder importante por seu direito em participar das Cortes estamentais mediante o envio de representantes), pelo que a Guerra das Comunidades seria supostamente uma última tentativa dessas cidades em manter seu status que havia sido conquistado ao longo dos séculos e impedir a continuação de um caminho que conduzia ao absolutismo.