Guerra das Comunidades de Castela

Os Comuneros Padilla, Bravo e Maldonado no Patíbulo. Antonio Gisbert Pérez, 1860.

A guerra das Comunidades de Castela, também conhecida como Revolta dos Comuneiros (em castelhano: comuneros) foi um levantamento contra a coroa que teve lugar entre 1520 e 1522, protagonizado pelas cidades do interior do Reino de Castela.

Alguns historiadores qualificam-na como uma das primeiras revoluções modernas. Em Castela, a Revolta aconteceu motivada contra as pretensões do rei Carlos I da Espanha em modificar o governo da coroa, subtraindo poderes das comunidades de Vila e Terra castelhanas (as cidades) com o objetivo de aprofundar a centralização do poder. No primeiro caso alinha-se o historiador José Antonio Maravall,[1] Julio Valdeón Baruque ou o historiador francês Joseph Pérez.[2] autor do livro Los comuneros, e talvez o maior perito no movimento comunero.

Em contrapartida, os partidários da segunda opinião defendem que um maior poder real é garantia de modernidade, posto que é característica do medievo a fragmentação do poder e, no caso da Coroa de Castela, a necessidade dos monarcas, desde tempos remotos, de apoiarem-se nas cidades (as denominadas "cidades com voto nas Cortes", que tinham um poder importante por seu direito em participar das Cortes estamentais mediante o envio de representantes), pelo que a Guerra das Comunidades seria supostamente uma última tentativa dessas cidades em manter seu status que havia sido conquistado ao longo dos séculos e impedir a continuação de um caminho que conduzia ao absolutismo.

  1. Maravall, José Antonio (1979). Las Comunidades de Castilla. Madri: Alianza Editorial. ISBN 84-206-2227-3 
  2. Pérez, Joseph (1977). La revolución de las comunidades de Castilla (1520-1521). Madri: Siglo XXI de España. originalmente: La révolution des "Comunidades" de Castilla (1520-1521), Bordeaux: Institut d'Etudes Ibériques et Ibero-Américaines de l'Université, 1970 

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