Parte de uma série sobre a |
Guerra |
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Governo e políticas |
A guerra naval é todo o combate decorrido nos mares, oceanos, ou noutras grandes superfícies aquáticas, tal como grandes lagos e rios de grande envergadura.[1] Dela participam as forças armadas através de suas marinhas, guardas costeiras e aeronaves, artilharia de costa e mísseis baseados em terra, além de outros elementos dos exércitos e forças aéreas integrados às forças marítimas.[2] Seu objetivo é conquistar o domínio do mar ou impedir que o inimigo o faça (negação do uso do mar), de forma a assegurar suas linhas de comunicação nesse ambiente ou projetar poder sobre terra.[3] Historicamente as marinhas são associadas ao comércio e aos impérios.[4]
Seu ambiente é tridimensional: há minas navais e submarinos abaixo da superfície e aviação acima. Ele pode ser classificado entre águas marrons (rios e estuários navegáveis), verdes (litorais) e azuis (alto-mar). A distância é um fator importante em todas, mas especialmente nas águas azuis, pois o oceano abrange cerca de três quartos do planeta e conecta todos os continentes. A configuração física dos corpos d'água só é crucial em águas marrons e verdes; os únicos obstáculos no mar aberto são ilhas ocasionais.[5][2] Na ausência de obstáculos, os movimentos das forças navais são menos previsíveis. O mar não tem população própria e é opaco: mesmo com tecnologias de monitoramento modernas, pode ser difícil acompanhar uma força naval inimiga com precisão suficiente para o engajamento. Não se pode controlar um grande corpo d'água da mesma forma que se controla uma área terrestre, e não existem linhas de frente no mar.[2][6]
As forças envolvidas formam o poder naval, que é o componente militar do poder marítimo, o conjunto dos recursos de um Estado para utilizar o mar e as águas interiores.[7] Comparado ás forças militares em terra, o poder naval é concentrado num número relativamente pequeno de plataformas de combate (navios de guerra), cujo comando é também mais concentrado. Ele é móvel, tem grande capacidade de carga e é altamente dependente da tecnologia.[2] A tecnologia de propulsão define as três grandes eras da história naval: das galés (remos), dos veleiros (o vento) e do vapor, ou era moderna. As táticas e armamentos partiram do abalroamento e abordagens para os duelos de artilharia naval e por fim, aos mísseis guiados.[4]