Hepatite C | |
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Vírus da hepatite C visto ao microscópio eletrónico, purificado a partir de uma cultura celular. (escala = 50 nanómetros) | |
Especialidade | Gastroenterologia, infecciologia |
Sintomas | Geralmente nenhum[1] |
Complicações | Insuficiência hepática, cancro do fígado, varizes esofágicas e gástricas[2] |
Duração | Crónica (80%)[1] |
Causas | Vírus da hepatite C transmitido por contacto sanguíneo[1][3] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue para anticorpos ou ARN do vírus[1] |
Prevenção | Agulhas esterelizadas, rastreio de sangue doado[4] |
Tratamento | Medicação, transplante de fígado[5] |
Medicação | Sofosbuvir, simeprevir[1][4] |
Frequência | 143 milhões / 2% (2015)[6] |
Mortes | 496 000 (2015)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B17.1, B18.2 |
CID-9 | 070.70,070.4, 070.5 |
CID-11 | 1517862018 |
OMIM | 609532 |
DiseasesDB | 5783 |
MedlinePlus | 000284 |
eMedicine | med/993 ped/979 |
MeSH | D006526 |
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A hepatite C é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite C (VHC) que afeta sobretudo o fígado.[2] No momento da infeção inicial, é frequente que as pessoas não manifestem sintomas ou que manifestem apenas sintomas muito ligeiros. Ocasionalmente pode verificar-se febre, urina mais escura, dor abdominal ou icterícia. Após a infeção inicial, o vírus permanece no fígado de 75% – 85% das pessoas inicialmente infetadas, tornando-se uma infeção crónica. No início da fase crónica geralmente não se manifestam sintomas. No entanto, ao longo dos anos a infeção pode levar ao aparecimento de doenças hepáticas e ocasionalmente cirrose.[1] Em alguns casos, os indivíduos com cirrose manifestam complicações como Insuficiência hepática ou cancro do fígado, podendo ainda ocorrer complicações que apresentam risco imediato de vida, como varizes esofágicas ou gástricas.[2]
O contágio com VHC é feito através de contacto sanguíneo, associado sobretudo com a partilha de seringas, uso de material médico mal esterilizado e transfusões de sangue.[1][3] No entanto, com rastreio de sangue o risco de contágio por transfusão é inferior a um por cada dois milhões.[1] A infeção pode também ser transmitida de mãe para filho durante o nascimento.[1] Não se transmite por contacto superficial.[4] o VHC é um dos cinco tipos conhecidos de vírus da hepatite: A, B, D e E.[8] O diagnóstico é realizado com análises ao sangue que detetam a presença de anticorpos para o vírus ou ARN do vírus. O rastreio é recomendado para grupos de risco.[1]
Não existe vacina contra a hepatite C.[1][9] As medidas de prevenção incluem não partilhar seringas e o rastreio do sangue doado.[4] A infeção pode ser tratada com os medicamentos sofosbuvir ou simeprevir, cuja taxa de cura é de 90%.[1][4] Antes destes tratamentos estarem disponíveis era usada uma combinação de peginterferão e ribavirina, que tinha uma taxa de cura de apenas 50% e maiores efeitos adversos. No entanto, o acesso aos novos medicamentos tem custos elevados.[4] Os indivíduos que desenvolvem cirrose ou cancro do fígado podem necessitar de um transplante de fígado. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado, embora o vírus normalmente se volte a manifestar mesmo depois do transplante.[5]
Estima-se que haja em todo o mundo 130 a 200 milhões de pessoas infetadas com hepatite C.[4][10][11] Em 2013 houve cerca de 11 milhões de novos casos.[12] A doença é mais comum em África e na Ásia oriental.[4] No mesmo ano, a doença foi a causa de 343 000 mortes por cancro do fígado e 358 000 mortes por cirrose.[13] A existência da hepatite C foi proposta durante a década de 1970 e demonstrada em 1989.[14] A doença afecta apenas o ser humano e os chimpanzés.[15]
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