Hipercaliemia | |
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Eletrocardiograma com alterações resultantes de hipercaliemia | |
Sinónimos | Hiperpotassemia |
Especialidade | Medicina de emergência, nefrologia |
Sintomas | Nenhuns, palpitações, dores musculares, fraqueza muscular, parestesia[1][2] |
Complicações | Parada cardíaca[1][3] |
Causas | Insuficiência renal, hipoaldosteronismo, rabdomiólise, alguns medicamentos[1] |
Método de diagnóstico | Concentração de potássio no sangue > 5,5 mmol/L, eletrocardiograma[3][4] |
Condições semelhantes | Pseudohipercaliemia[1][2] |
Tratamento | Medicação, dieta pobre em potássio, hemodiálise[1] |
Medicação | Gluconato de cálcio, dextrose com insulina, salbutamol, bicarbonato de sódio[1][3][5] |
Frequência | ~2% (entre hospitalizados)[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 707162903 |
DiseasesDB | 6242 |
MedlinePlus | 001179 |
eMedicine | 766479 |
MeSH | D006947 |
Leia o aviso médico |
Hipercaliemia ou hiperpotassemia é a concentração elevada de potássio (K+) no sangue.[1] Os níveis normais de potássio situam-se entre os 3,5 e 5,0 mmol/L (ou 3,5 e 5,0 mEq/L), definindo-se hipercaliemia como qualquer valor superior a 5,5 mmol/L.[3][4] Geralmente a hipercaliemia não causa sintomas.[1] Em alguns casos graves pode causar palpitações, dores musculares, fraqueza muscular ou parestesia.[1][2] A hipercaliemia pode causar arritmias que podem resultar em parada cardíaca e morte.[1][3]
Entre as causas mais comuns de hipercaliemia estão a insuficiência renal, hipoaldosteronismo e rabdomiólise.[1] Alguns medicamentos podem também elevar os níveis de potássio, entre os quais a espironolactona, anti-inflamatórios não esteroides e inibidores da enzima de conversão da angiotensina.[1] A condição pode ser classificada quanto à gravidade em leve (5,5–5,9 mmol/L), moderada (6,0–6,4 mmol/L) e grave (>6,5 mmol/L).[3] A hipercaliemia pode ser detetada num eletrocardiograma.[3] Deve ser excluída a possibilidade de pseudohipercaliemia causada pela destruição de células durante ou após a colheita de sangue.[1][2]
Em pessoas com alterações no eletrocardiograma, o tratamento inicial consiste na administração de sais como o Gluconato de cálcio ou o cloreto de cálcio.[1][3] Entre outros medicamentos administrados para baixar rapidamente os níveis de potássio estão a insulina com dextrose, salbutamol e bicarbonato de sódio.[1][5] Recomenda-se que seja interrompida a toma de qualquer medicamento que possa agravar a condição e a adoção de uma dieta pobre em potássio.[1] Entre outras medidas para remover o potássio do corpo estão diuréticos como a furosemida e fármacos que se ligam ao potássio como o poliestireno sulfonato e o ciclossilicato de zircónio sódico e hemodiálise.[1] A hemodiálise é o método mais eficaz.[3]
A hipercaliemia é rara em pessoas de outra forma saudáveis.[6] Entre as pessoas hospitalizadas, a frequência varia entre 1% e 2,5%.[2] A condição está associada ao aumento da mortalidade, quer devido à própria hipercaliemia, quer como indicador de outra doença grave, especialmente em pessoas sem doença renal crónica.[7][6] O termo "hipercaliemia" tem origem no grego ὑπέρ, transl. hupér, hiper- + latim científico kalium, 'potássio' + '-emia', do grego αἷμα, transl. haîma, 'sangue'[8][9][10]