IG Farben

IG Farben
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Criação
Extinção
Forma jurídica
Aktiengesellschaft (d)
Sede social
Frankfurt am Main
IG Farben Building (en)
Sector de atividade

A IG Farben (abreviatura de Interessen-Gemeinschaft Farbenindustrie AG) ("Grupo de Interesses da Indústria de Tintas SA"), companhia fundada em 1925 por aglomeração de um conjunto das maiores companhias químicas, mas que já trabalhavam em conjunto desde a Primeira Guerra Mundial.

A IG Farben deteve um monopólio quase total da produção química na Alemanha Nazista. Durante seu apogeu IG Farben foi a quarta maior empresa do mundo, depois da General Motors, U.S. Steel e Standard Oil Company. Farben em alemão significa: "tintas", "corantes" ou "cores" e inicialmente muitas destas empresas produziram tinturas, mas em breve começaram a dedicar-se a outros setores mais avançados da indústria química. A fundação da IG Farben foi uma reação à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Antes da guerra, as empresas de tintas alemãs tinham uma posição dominante no mercado mundial, que perderam durante o conflito. Uma solução para reconquistar essa posição foi através da fusão.

Mulher com a designação Ostarbeiter no uniforme (terminologia nazista para os prisioneiros do leste europeu que faziam trabalhos forçados) em uma fábrica subsidiária da IG Farben em Auschwitz

A IG Farben, com sede em Frankfurt am Main, consistia das seguintes principais empresas:

  • AGFA (Actien-Gesellschaft für Anilin-Fabrikation), com sede em Berlim
  • BASF (Badische Anilin- und Sodafabrik AG), com sede em Ludwigshafen am Rhein
  • Bayer (Farbenfabriken vorm. Friedr. Bayer & Co., com sede em Leverkusen
  • Chemische Fabrik Griesheim-Elektron
  • Chemische Fabrik Kalle & Co. AG
  • Chemische Fabriken Weiler-ter Meer
  • Cassella (Farbwerke Leopold Cassella & Co.)
  • Hoechst AG (Farbwerke vorm. Meister Lucius und Brüning AG)
Zyklon B (fabricado pela IG Farben)

Em 1932 a IG Farben criou o Círculo de Amigos do Reichsführer SS e demitiu todos os diretores judeus.[1]

Sede da IG Farben (atualmente Universidade de Frankfurt)

Durante o planejamento da invasão da Polónia e Checoslováquia, a IG Farben cooperou com os oficiais nazistas.

Carl Krauch (Presidente da IG Farben) durante o I.G.-Farben-Prozess

A IG Farben construiu uma fábrica para a produção de óleo sintético e borracha (a partir do carvão) em Auschwitz, que foi uma pedra basilar no início da actividade da SS neste local durante o Holocausto. No auge, em 1944, esta fábrica fazia uso de 83 000 trabalhadores escravos. O pesticida Zyklon B, para o qual a IG Farben detinha a patente e que era usado nas câmaras de gás para o assassínio massivo, era fabricado pela Degesch (Deutsche Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung), uma empresa detida pela IG Farben.

Dos 24 directores da IG Farben acusados no Processo IG Farben perante um tribunal militar americano nos Julgamentos de Nuremberg, 13 foram condenados a prisão, entre 1½ e 8 anos.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, nos anos 1950, a multinacional foi dividida em:

Technisches Verwaltungsgebäude der Hoechst AG nos anos 1950

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