Igreja da Inglaterra (Church of England) | |
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Catedral da Cantuária | |
Membros | 26 milhões (batizados)[1][2] |
Província | Inglaterra |
Denominação | Comunhão Anglicana |
clérigos | 6 560[3] |
Paróquias | 12 500 (na Inglaterra) |
Primaz | Sé vacante |
Catedrais | 42[4] |
Website | Church of England |
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A Igreja da Inglaterra (em inglês: Church of England) é a igreja nacional e cristã anglicana estabelecida oficialmente na Inglaterra,[5] a matriz principal da atual Comunhão Anglicana internacional, bem como é membro-fundador da Comunhão de Porvoo. A igreja inglesa traça sua história na igreja cristã existente na província romana da Grã-Bretanha no século III, e para a missão gregoriana do século VI a Kent liderada por Agostinho da Cantuária.[6][7] Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é geralmente denominada de Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos e em países da América Latina. O termo Anglicano tem origem na expressão latina Ecclesia Anglicana, e que significa Igreja Inglesa ou Igreja da Inglaterra.
A igreja inglesa renunciou a autoridade papal pela primeira vez e voltou a ser independente de Roma através do Ato de Supremacia em 1534, voltou a comunhão com Roma durante o reinado de Maria I e renunciou a autoridade papal novamente em 1558 no segundo ato de supremacia, iniciando uma série de eventos conhecidos como a Reforma Inglesa, o que iniciou uma grande disputa entre os líderes e polarizando o cristianismo inglês.[8]
A Reforma Inglesa subsequente foi fortalecida pelos regentes de Eduardo VI, precedendo uma restauração católica promovida por Maria I.[9][10] Contudo, o Ato de Supremacia de 1559 promulgado no reinado de Isabel I renunciou a autoridade papal e permitiu que a igreja adotasse uma posição ambígua de liturgia católica e teologia reformada.[11]
Na fase anterior da Reforma Inglesa havia mártires católicos e mártires protestantes radicais. As fases posteriores viram as Leis Penais punirem protestantes, católicos romanos e não conformistas.[12] No século XVII, os puritanos e presbiterianos continuaram a desafiar a liderança da Igreja que, sob os Stuarts, se inclinava para uma interpretação mais católica do assentamento Elizabetano especialmente sob o Arcebispo Laud e a ascensão do conceito de anglicanismo como Via Média. Após a vitória dos parlamentares, o Livro de Oração foi abolido e as os presbiterianos e independentes dominaram. A Restauração de 1660 restaurou a Igreja da Inglaterra, o episcopado e o Livro de Oração.[13] Somente com o reconhecimento papal da coroação do Rei Jorge III, em 1766, acarretou uma maior tolerância religiosa na Inglaterra.
Desde a Reforma Inglesa, a Igreja da Inglaterra tem desenvolvido sua liturgia em língua inglesa. A igreja alberga distintos ramos doutrinários, sendo os três principais os seguintes: Anglocatolicismo, Evangelicalismo e Igreja geral. As tensões entre tais grupos teológicos dentro da mesma denominação religiosa, giram em torno de temas controversos como, especialmente, ordenação feminina ao ministério e homossexualidade.
A estrutura de governo eclesiástico anglicano tem como unidade básica a diocese, cada uma presidida por um bispo; sendo que cada diocese abriga algumas paróquias locais. O Arcebispo da Cantuária é o Primaz de toda a Comunhão Anglicana, liderando a Igreja de Inglaterra e atuando com foco na unidade da mesma e para com a Comunhão Anglicana. O Monarca britânico, por sua vez, é o Governador Supremo da Igreja de Inglaterra. Em sua estrutura legislativa, a Igreja é regida pelo Sínodo Geral da Igreja de Inglaterra, sendo este composto por bispos, clérigos e leigos, e regularizado pelo Parlamento do Reino Unido.[14][15]