Ira Sprague Bowen | |
---|---|
Conhecido(a) por | Refutar a teoria do nebúlio[1] |
Nascimento | 21 de dezembro de 1898 Seneca Falls (Nova York) |
Morte | 6 de fevereiro de 1973 (74 anos) |
Residência | ![]() |
Nacionalidade | norte-americano |
Prêmios |
|
Ira Sprague Bowen (Seneca Falls (Nova York), 21 de dezembro de 1898 — 6 de fevereiro de 1973) foi um astrônomo estadunidense.
Em 1919 graduou-se no Oberlin College, Chicago, e em 1926 obteve o doutoramento no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Pasadena. Entre 1921 e 1945 lecionou física no Caltech, sendo professor desde 1931. Em 1946 foi diretor do Observatório Monte Wilson, e em 1948 diretor do Observatório Palomar, cargo que ocupou até 1964.
Em 1928 pesquisou sobre o problema das estranhas linhas no espectro das nebulosas planetárias e na nebulosa de Órion, observadas pela primeira vez por William Huggins na década de 1860. A nebulosa de Órion emite, entre outras cores características, um verdoso, cujo espectro não correspondia com nenhum conhecido. O espectro mostrava que as linhas espectrais deviam ser emitidas por algum elemento de pouca massa atômica, pelo qual fora inventado um elemento chamado "nebúlio" que, em teoria, seria o causador daquelas linhas espectrais. O problema disto é que estas linhas eram impossíveis de reproduzir nos laboratórios.
Contudo, Bowen não acreditava na teoria do nebúlio, e demonstrou que o espectro verdoso se originava devido à radiação que emitiam os átomos ionizados de oxigênio e nitrogênio ao passarem para níveis de menor energia. Em concreto, Bowen demonstrou que os comprimentos de onda atribuídos ao suposto nebúlio podiam ser emitidos por átomos de oxigênio duplo e triplamente ionizados, assim como por átomos de nitrogênio duplamente ionizados,[1] embora isto somente pode ocorrer na nebulosa sob estranhas condições, em regiões onde a colisão entre átomos seja pouco frequente.