Isoflavonas são compostos orgânicos naturais (metabólitos secundários) de origem vegetal pouco distribuídos na natureza, presentes principalmente na família Fabaceae, sendo abundantes na soja (Glycine max Merr.) e em seus derivados[1]. Estes compostos apresentam efeito estrogênico por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. Estruturalmente podem ser consideradas como derivadas da 3-fenilcromana.
As isoflavonas pertencem à classe dos flavonóides e podem ocorrer tanto na forma de aglicona como na forma glicosilada, quando possui uma ose (açúcar) ligada à posição 5 ou 7 do anel A[2]. A forma glicosilada ocorre naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja; já os acetil-derivados e as agliconas são formados durante o processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado protéico de soja possui maiores teores das formas agliconas.
A genisteína é a isoflavona mais comumente encontrada na natureza.
As isoflavonas (também chamadas isoflavonóides) são compostos químicos fenólicos, pertencentes à classe dos fitoestrógenos e estão amplamente distribuídos no reino vegetal, são metabólitos secundários polifenólicos produzidos por plantas da família Leguminosae. O consumo de alimentos que contêm esses compostos, reduz a chance de algumas patologias como a osteoporose e doenças cardiovasculares, reduz também a sintomatologia da menopausa e abranda o envelhecimento epitelial. Esta capacidade protetora deve-se à similaridade que a isoflavona tem com os estrogénios endógenos (17β-estradiol, estriol, estrona). As isoflavonas são opções alternativas aos estrógenos e têm sido genericamente conhecidas como fitoestrógenos, e a sua molécula possui estrutura semelhante ao 17- beta-estradiol, sendo capaz de atuar sobre os receptores estrogênicos e simulando algumas das propriedades dos hormônios femininos, incluindo a prevenção da osteoporose e efeitos protetores cardiovasculares sobre o perfil lipídico (MARQUES et al., 2002). Em adição à sua atividade anti-estrogênica, estes compostos possuem diversas propriedades biológicas (atividade antioxidante, inibição da atividade enzimática e outras) que podem influenciar muitos processos bioquímicos e fisiológicos. Indicada como repositor hormonal, para o tratamento sintomático e prevenção de complicações da menopausa como doença cardíaca e osteoporose, para tratamento do Mal de Alzheimer, câncer de mama e de útero, e endometriose. Apresenta propriedades imuno estimulantes e antioxidantes.
Estes metabólitos têm uma distribuição muito limitada encontrando-se em quantidades fisiologicamente relevantes em alguns alimentos mais comumente consumidos pelos seres humanos, como a soja e os alimentos derivados desta leguminosa, embora outras plantas, como o trevo vermelho, sejam também fontes ricas.