Joaquim Marques Lisboa

Joaquim Marques Lisboa

Tamandaré aos 66 anos em 1873
Conhecido(a) por "O Almirante Tamandaré"
"O Velho Marinheiro"
Nascimento 13 de dezembro de 1807
Rio Grande, Rio Grande de São Pedro, Brasil
Morte 20 de março de 1897 (89 anos)
Rio de Janeiro, DF, Brasil
Progenitores Mãe: Eufrásia Joaquina de Azevedo Lima
Pai: Francisco Marques Lisboa
Cônjuge Maria Eufrásia Lisboa
Serviço militar
País Império do Brasil
Anos de serviço 1823 –1890
Patente Almirante
Conflitos Independência do Brasil
Guerra da Cisplatina
Revolução Farroupilha
Guerra do Uruguai
Guerra do Paraguai

Brasão do Marquês de Tamandaré
Assinatura
Assinatura de Joaquim Marques Lisboa

Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré (Rio Grande, 13 de dezembro de 1807Rio de Janeiro, 20 de março de 1897) foi um militar da Armada Imperial Brasileira, na qual atingiu o posto de almirante. Ao longo da sua carreira, que durou quase 60 anos, participou na Guerra da Independência do Brasil, nos conflitos internos subsequentes no Período Regencial, e mais tarde nas guerras do Prata e do Paraguai. Pelos serviços prestados a sua pátria, foi feito marquês e, mais tarde, foi escolhido como Patrono da Marinha do Brasil. Seu nome se encontra no Livro dos Heróis da Pátria.

Bandeira do Patrono da Marinha do Brasil.
Bandeira oficial do Patrono da Marinha do Brasil.

Voluntário desde os 15 anos, Tamandaré destacou-se desde jovem pelos seus feitos notáveis.[1] Numa ocasião, salvou prisioneiros brasileiros do cativeiro argentino, tomando com eles o navio inimigo que os transportava; participou em vários combates no mar e portou-se como cavalheiro nas vitórias; realizou dois salvamentos importantes, o de tripulantes e passageiros do navio Ocean Monarch (que se incendiara) e o da nau Vasco da Gama, desarvorada numa tempestade na entrada da barra do Rio de Janeiro.

No decorrer da sua vida, o Brasil passou de Colônia de Portugal a Reino Unido, depois a Império e, em 1889, a República. Tamandaré participou em vários conflitos que poderiam ter fracionado o território nacional e vivenciou muitas crises políticas, como a Guerra da Independência do Brasil, na qual perseguiu a esquadra portuguesa quase até à embocadura do Tejo, e a Guerra da Cisplatina, na qual se destacou de tal maneira que, com apenas 19 anos, foi nomeado pela primeira vez comandante de um navio. No plano internacional, foi comandante das forças navais brasileiras na intervenção no Uruguai, onde até como diplomata serviu. Mais tarde, comandou como almirante as forças navais da aliança durante a Guerra do Paraguai em operações na bacia do Rio da Prata em apoio às restantes forças, como na Batalha do Passo da Pátria.

Quando da Proclamação da República do Brasil, no dia 15 de novembro de 1889, Tamandaré posicionou-se do lado do Imperador Pedro II e solicitou permissão para lançar um contragolpe, mas o imperador não permitiu. Dois meses depois, no dia 20 de janeiro de 1890, Tamandaré reformou-se com o posto de Almirante, depois de quase 60 anos ao serviço da Marinha do Brasil e da sua pátria. É hoje o patrono da Marinha do Brasil, armada que já batizou vários navios em homenagem ao seu ilustre marinheiro.


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