Na mitologia nórdica, os Jotun (em português gigantes, em nórdico antigo Jotun ou Jötunn) são uma raça mitológica com força sobre-humana e se manifestam sempre em oposição aos deuses, embora frequentemente eles se misturassem ou até mesmo tomassem por matrimônio alguns deles, tanto os Æsir e os Vanir. Sua fortaleza é conhecida como Utgard, e ficava situada em Jotunheim, um dos nove mundos da cosmologia dos nórdicos, separados de Midgard, o mundo dos homens, por montanhas elevadas e por florestas densas. Os que viviam em outros mundos diferentes dos seus próprios, pareciam preferir cavernas e lugares escuros[1].
Em nórdico antigo, eles eram chamados jotnar (singular, o jotun), ou risi (singular e plural), em particular um bergrisi, ou þursar (singular, þurs), em particular, hrímþursar. As gigantas podem também ser conhecidas como gýgr.
Jotun provavelmente se deriva da mesma raiz que "comer" (eat em inglês), mantendo o mesmo significado original de "glutão" ou "homem-comedor". Seguindo a mesma lógica, þurs pode se derivar do atual "sede" (thirst em inglês) ou "bebedor do sangue" (blood-thirst em inglês). Risi é provavelmente uma palavra aparentada à "ascensão" (rise em inglês), o que pode significar "pessoa elevada". A palavra Jotun apareceu pela primeira vez em inglês arcaico como Yotun, e eventualmente semearam as variantes como Geottin, Eottan, e Eontann, de onde pode ser obtido o Yettin, Ettin e ent, respectivamente. Yettin é um falso cognato para Yeti.
"Thurs" (gigante) também é o nome de uma runa, que evoluiu mais tarde para a letra Þ.