People v. Jackson | |
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Corte | Tribunal Superior do Condado de Santa Bárbara |
Juízes | Rodney Melville |
O caso People v. Jackson (título completo: 1133603: The People of the State of California v. Michael Joe Jackson) foi um julgamento criminal de 2005 realizado no Tribunal Superior do Condado de Santa Bárbara em Santa Maria, Califórnia. O cantor e compositor norte-americano Michael Jackson foi acusado de molestar Gavin Arvizo, que tinha 13 anos na época do suposto abuso, em sua propriedade Neverland Ranch em Los Olivos, Califórnia.
Jackson já havia sido acusado de abuso sexual infantil em 1993; ele negou as acusações e resolveu o processo civil do acusador. Em 2003, o documentário Living with Michael Jackson mostrou Michael de mãos dadas com Arvizo e defendendo sua prática de dar sua cama para as crianças dormirem, desencadeando uma investigação. Michael Jackson foi indiciado por quatro acusações de abuso sexual de menor, quatro acusações de intoxicação de um menor para molestá-lo, uma acusação de tentativa de abuso sexual infantil, uma acusação de conspiração para manter Gavin e sua família cativos e conspiração de cometer extorsão e rapto de crianças.
O julgamento durou aproximadamente quatro meses, começando com a seleção do júri que começou em 31 de janeiro de 2005. Gavin e seu irmão testemunharam que Michael Jackson lhes deu álcool, mostrou pornografia, masturbou-se diante deles e fez investidas sexuais. A defesa de Michael caracterizou as testemunhas da acusação como ex-funcionários descontentes ou indivíduos que procuram explorar Michael por dinheiro. Testemunhas da defesa incluíram depoimentos de celebridades, incluindo o ex-ator mirim Macaulay Culkin e o comediante Chris Tucker. A cobertura do julgamento foi descrita como um circo midiático, e alguns meios de comunicação foram rápidos em retratar Michael Jackson como culpado antes mesmo do veredito final.
Michael Jackson foi considerado inocente e absolvido de todas as 14 acusações em 13 de junho de 2005. Ele nunca mais voltou ao seu rancho Neverland e passou os primeiros meses após o julgamento morando no exterior — no Bahrein e na Irlanda. Em 2013, quatro anos após a morte de Michael Jackson, uma das testemunhas da defesa de Michael, Wade Robson, mudou de posição e entrou com um processo contra Jackson, dizendo que havia sido abusado por ele. Os jurados do julgamento que apareceram no The Jury Speaks em 2017 disseram que ainda votariam pela absolvição neste caso.