Juventude (do termo latino juventute) é um termo comumente usado para se referir a aparência jovial, atitudes imaturas ou aspecto jovem de uma pessoa independente da idade. A ONU e suas agências consideram "juventude" como a fase da vida entre a dependência e a independência; essa definição foi feita durante os preparativos para o Ano Internacional da Juventude (1985) e endossada pela Assembleia Geral.[1][2] Embora a juventude seja uma mera construção social, não podemos confundi-la com a adolescência, porque a juventude é um termo social e indefinido usado apenas para fins estatísticos; no entanto, a adolescência é um período crucial com mudanças físicas, emocionais e intelectuais e marcantes entre a infância e a idade adulta.[3][4]
Embora não haja uma definição de juventude, ela é frequentemente definida dos 14 aos 35 anos. Na Federação Russa são considerados jovens pessoas dos 14 aos 35 anos.[5] No Cazaquistão qualquer cidadão com idades entre 14 e 35 anos são reconhecidos como jovens;[6] no Vietnã, as percepções generalizadas sobre a juventude representam construções sociopolíticas para ambos os sexos entre as idades de 15 e 35 anos.[7]
A carta da juventude africana também define como jovens pessoas com idades entre 15 e 35 anos;[8] já no Sudão do Sul, a faixa etária dos jovens é de 18 a 45 anos, de acordo com o censo de 2008. Essa definição também é adotada pela Constituição Transicional da SSNYU, 2015.[9]
Recentemente em um estudo sobre longevidade pesquisadores da Universidade de Stanford, descobriram que o processo de envelhecimento começa, em média, aos 34 anos. No estudo não foi contabilizada a idade cronológica, ou seja, aquela medida em anos vividos para descobrir quando a pessoa inicia o processo de envelhecimento, além disso a conta foi feita a partir dos diferentes níveis de proteínas presentes no plasma (a parte do sangue sem células) de mais de 4 mil indivíduos, com idades entre 18 e 95 anos.[10]
Frequentemente costumamos ver e ouvir inúmeras vezes a juventude recheando manchetes de jornais, noticiários de TV, propagandas comerciais e rodas sociais, muitas vezes sendo vítimas ou promotoras de violências, carentes de políticas de inclusão social, delinquentes, eleitores, irresponsáveis e sem responsabilidades, futuro da nação ou público consumidor, as juventudes são compreendidas de diversas formas equivocadas pelo senso comum, instituições mantenedoras do status e, inclusive, por alguns órgãos públicos.
Quanto à rebeldia, existe a interpretação do fenômeno juvenil como detentor de uma tendência ideológica predeterminada, como se o jovem fosse, naturalmente, progressista, de esquerda ou revolucionário. Não se reconhece, assim, a condição de constante disputa ideológica que este setor sofre. Propõe-se que a crítica social seja algo momentâneo, negando, também, os jovens e as jovens que se engajam em organizações reacionárias e até mesmo se colocam numa condição de alienação social.
Como padrão de estética, moda e consumo, a cultura moderna impõe um ideal padronizado de beleza como expressão de juvenilidade. O mercado, por exemplo, produz acessórios que chama de "moda jovem" com a intenção de padronizar valores estéticos. Como se este padrão de beleza eternizasse este período da vida, ou seja, como se o "parecer" fosse expressão do "ser".
Alguns momentos específicos do período juvenil explicam esses conflitos: a escolha da profissão e, quando possível, do curso universitário, o que socialmente atribui, às juventudes, uma concepção de mão de obra barata na sua generalidade; a descoberta e a experimentação do corpo, da sexualidade e suas orientações, bem como a interpretação, rompimento, ou não, com a família e constituição da própria; as decisões filosóficas, ideológicas e políticas, como o 1° voto e o engajamento em organizações... Com essa gama de conflitos, os jovens e as jovens expressam suas contradições e dúvidas de diversas formas, como nos grupos de identidade, opiniões políticas e organizações, estilos, costumes, gírias, roupas, músicas, entre diversos outros. Daí o conceito de "Juventude" como compreensão de identidade e organização e, mais ainda, a necessidade de caracterização como "Juventudes", reconhecendo essa diversidade.
Em Portugal é usado o termo rapariga para indivíduos jovens do género feminino, na faixa etária entre a infância e a adolescência.[11]