Krazy Kat

Krazy Kat
Tira diária


Detalhe de uma página de Domingo, 6 de Janeiro de 1918, por George Herriman.
País de origem EUA
Língua de origem inglês
Género humor, romance
Autor(es) George Herriman
Primeira publicação 13 de Outubro de 1913
Syndicate(s) King Features Syndicate
Curta-metragem de 1916.

Krazy Kat foi um título de uma tira de jornal criada por George Herriman e publicada nos jornais norte-americanos entre 1913 e 1944. Sua primeira aparição se deu no New York Journal American de William Randolph Hearst, tendo no próprio Hearst seu principal incentivador durante todo o período em que ela esteve em circulação. No Brasil os quadrinhos com o personagem apareceram na revista O Tico Tico, quando foi chamado de "Gato Maluco".[1]

Ambientada num cenário irreal da casa de férias de Herriman no condado de Coconino, Arizona, a mistura de surrealismo, brincadeiras inocentes e a linguagem poética de Krazy Kat fizeram dela a favorita dos amantes de quadrinhos e dos críticos de arte por mais de oitenta anos.[2][3][4]

O enfoque das tiras está em um curioso triângulo amoroso entre o seu personagem-título, um despreocupado e inocente gato de género indeterminado (referido tanto como macho, quanto como fêmea); o antagonista do gato, o rato Ignatz; e o protetor cão policial, o oficial Bull Pupp. Krazy nutre um amor não correspondido pelo rato; mas, Ignatz despreza Krazy e constantemente planeja atirar um tijolo à cabeça de Krazy, o que Krazy interpreta como um sinal de afecto. O oficial Pupp, como o defensor da lei e da ordem no condado de Coconino, toma como sua firme missão interferir nos planos de lançamento de tijolos de Ignatz e tranca o rato na cadeia do condado.

Apesar da simplicidade da comédia apresentada, foi a caracterização detalhada, combinada com a criatividade visual e verbal de Herriman, que fizeram de Krazy Kat um dos primeiros quadrinhos a ser amplamente elogiado por intelectuais e tratado como uma arte séria.[2] Gilbert Seldes, um notável crítico de arte da época, escreveu um longo panegírico para as tiras em 1924, chamando-lhe "a mais engraçada e fantástica e satisfatória obra de arte produzida na América hoje".[5] O famoso poeta E. E. Cummings, como outro admirador de Herriman, escreveu a introdução à primeira edição da banda desenhada na forma de livro. Embora apenas com um modesto sucesso durante sua circulação inicial, nos anos mais recentes, muitos cartunistas modernos têm citado Krazy Kat como uma grande influência.

  1. Waldomiro Vergueiro (11 de Outubro de 2005). «O Tico-Tico completa 100 anos». Omelete. Consultado em 18 de maio de 2010 
  2. a b Kramer.
  3. Shannon.
  4. McDonnell/O'Connell/De Havenon 26.
  5. Gilbert Seldes, "The Krazy Kat That Walks By Himself." The Seven Lively Arts. New York: Harper and Brothers, 1924, p. 231, [1].

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