Nome IUPAC (sistemática) | |
(6aR,9R)-N,N-Dietil-7-metil-4,6,6a,7,8,9- hexahidroindolo-[4,3-fg]quinolina-9-carboxamida | |
Identificadores | |
CAS | 50-37-3 |
ATC | ? |
PubChem | 761 5 761 |
Informação química | |
Fórmula molecular | C20H25N3O |
Massa molar | 323,4g/mol |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | ? |
Metabolismo | hepático |
Meia-vida | 3 horas |
Excreção | renal |
Considerações terapêuticas | |
Administração | Oral, Intravenosa, Transdermal |
DL50 | 12 000 µg |
A dietilamida do ácido lisérgico (LSD; DCI: lisergida; em alemão: Lysergsäurediethylamid; vulgarmente conhecida por ácido, doce, entre outros) é uma substância alucinógena. É uma droga cristalina, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcaloides produzidos por esta cravagem. O LSD foi descoberto acidentalmente em 1943 pelo químico suíço, Albert Hofmann, enquanto trabalhava na Sandoz, que se tornou um entusiasta da substância até sua morte aos 102 anos.
A droga foi muito visada em pesquisas, psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender as desordens severas pelas quais pacientes eram acometidos, pois segundo as teorias e as dadas experiências, era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o inconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psicoafetivo. Stanislav Grof, psiquiatra tcheco, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.
Atribui-se como auxílio na descoberta da estrutura do DNA que rendeu o prêmio Nobel a Francis Crick, à mente brilhante do cientista sob o efeito de LSD. Similarmente ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por Friedrich von Stradonitz, Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez em meados do século XX, sob a influência essencialmente onírica do LSD. Outra mente inventiva famosa que considerava a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida foi Steve Jobs, cofundador e antigo CEO da Apple Inc..
A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico que abrange imenso número de artistas. Estão entre nomes famosos: Jim Morrison, Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Tom Zé, Glauber Rocha,[1] Beatles, etc. Seu uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, Aldous Huxley, este situado na produção cultural erudita, autor das famosas obras: "As Portas da Percepção", "Admirável Mundo Novo" e "A Ilha". Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao vulgo "guru do LSD", Timothy Leary, onde este apresentou-o à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman. Nos anos dourados, o LSD em seu auge, também teve sua proibição.