"Largo al factotum" (Abra caminho para o faz-tudo) é uma ária de O Barbeiro de Sevilha de Gioachino Rossini, cantada na primeira entrada da personagem-título; os repetidos "Fígaro"s antes da última seção é um ícone na cultura popular no canto lírico. O termo "factotum" refere-se a um servente geral e vem do latim, que significa literalmente "faz-tudo".
Devido à constante cantoria de tercinas em compasso 6/8 em um tempo allegro vivace, a peça é frequentemente notada como uma das mais difíceis árias para barítono de se realizar. Isso, juntamente com a natureza trava-língua da alguns versos e a insistência nos superlativos italianos (sempre terminados em "-issimo"), fez dela uma pièce de résistance, onde um barítono habilidoso tem a chance de destacar todas as suas qualidades.