Lehi (AFI: ['lɛxi], acrônimo hebraico para Lohamei Herut Israel, em hebraico: לח"י - לוחמי חרות ישראל; Lutadores para a Liberdade de Israel, também conhecido como Stern Gang - como chamavam as autoridades britânicas na Palestina[1]), foi um grupo paramilitar sionista que operava clandestinamente no Mandato Britânico da Palestina[2] entre 1940 e 1948. Seu principal objetivo era expulsar os britânicos da Palestina para permitir a livre imigração de judeus para a região e criar um Estado Judaico (Israel).[3]
O Lehi surgiu a partir de uma dissidência do Irgun, quando este se recusou a prosseguir a luta armada contra os britânicos no início da Segunda Guerra Mundial.[4] Liderados por seu fundador Abraham Stern, o Lehi foi descrito como uma organização sionista paramilitar pelas autoridades britânicas e pelo mediador das Nações Unidas Ralph Bunche,[5] e chamado de "um grupo criminoso de terroristas" pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.[6] O Lehi foi responsável pelo assassinato em novembro de 1944, no Cairo, do Lord Moyne, além de realizar outros ataques contra autoridades britânicas e árabes residentes na Palestina - como o Massacre de Deir Yassin.[7]
O recém-formado governo israelense em 1948 proibiu a organização sob uma lei antiterrorismo aprovada após três dias do assassinato, em setembro daquele ano, do mediador da ONU Folke Bernadotte.[8] Mais tarde, Israel concedeu uma anistia geral para os membros do Lehi em 14 de fevereiro de 1949. Em 1980, o grupo foi homenageado com a instituição da Fita Lehi, uma condecoração militar que antigos membros da organização têm o direito de usar.[9]