Leucemia | |
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Medula óssea de uma pessoa com leucemia linfoblástica aguda de percursores B. Coloração de Wright | |
Especialidade | Hematologia e oncologia |
Sintomas | Hemorragias, nódoas negras, fadiga, febre, risco acrescido de infeções[1] |
Início habitual | Qualquer idade[2] |
Causas | Fatores genéticos e ambientais[3] |
Fatores de risco | Fumar, antecedentes familiares, radiação ionizante, algumas substâncias químicas, antecedentes de quimioterapia, síndrome de Down.[3][2] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue, mielograma[1] |
Tratamento | Quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida, transplante de medula óssea, cuidados paliativos[2] |
Prognóstico | Taxa de sobrevivência a 5 anos: 57% (EUA)[4] |
Frequência | 2,3 milhões (2015)[5] |
Mortes | 353 500 (2015)[6] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C91-C95 |
CID-9 | 208.9 |
CID-ICD-O | 9800, 980-994, 980 |
CID-11 | 1385484871 |
DiseasesDB | 7431 |
MedlinePlus | 001299 |
MeSH | D007938 |
Leia o aviso médico |
Leucemia é um grupo de cancros que surgem geralmente na medula óssea e causam um número elevado de glóbulos brancos anormais.[7] Estes glóbulos brancos não estão totalmente desenvolvidos e são denominados células leucémicas.[1] Os sintomas incluem hemorragias e contusões, fadiga, febre e aumento do risco de infeções,[1] e podem ocorrer devido à ausência de células sanguíneas normais. O diagnóstico é geralmente feito através de análises ao sangue ou biópsia da medula óssea.[1]
Desconhece-se a causa exata da leucemia. Acredita-se que os diferentes tipos de leucemia têm diferentes causas e que estão envolvidos tanto fatores hereditários como ambientais.[3] Entre os fatores de risco estão o tabagismo, radiação ionizante, alguns produtos químicos (como o benzeno), antecedentes de quimioterapia, síndrome de Down e antecedentes familiares de leucemia.[3][2] Existem quatro tipos principais de leucemia: leucemia linfoblástica aguda (LLA), leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfocítica crónica (LLC) e leucemia mieloide crónica (LMC), para além de vários tipos menos comuns.[2][8] As leucemias e os linfomas pertencem a um grupo abrangente de tumores que afetam o sangue, a medula óssea e o sistema linfático.[9][10]
O tratamento pode consistir numa combinação de quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida e transplante de medula óssea, para além de terapia de apoio e cuidados paliativos conforme necessário. Alguns tipos de leucemia podem ser geridos com vigilância ativa.[2] A eficácia do tratamento depende do tipo de leucemia e da idade da pessoa. Em países desenvolvidos, o prognóstico tem vindo a melhorar.[8] Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência a cinco anos é, em média, 57%.[4] Em crianças com menos de 15 anos, a taxa de sobrevivência a cinco anos é superior a 60-85%, dependendo do tipo de leucemia.[11] Em pessoas com leucemia aguda que no prazo de cinco anos não voltem a ter cancro, é improvável que a doença reapareça.[11]
Em 2012, a leucemia afetava em todo o mundo 352 000 pessoas e foi responsável por 265 000 mortes.[8] É o tipo mais comum de cancro em crianças, nas quais três quartos dos casos são leucemia linfoblástica aguda.[2] No entanto, 90% dos casos de leucemia são diagnosticados em adultos, sendo os tipos mais comuns a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfocítica crónica[8]