Lev Kamenev Лев Каменев | |
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Kamenev em 1918 | |
Presidente do Comitê Executivo Central do Congresso dos Sovietes da República Socialista Federativa Soviética da Rússia | |
Período | 9 de novembro de 1917 - 21 de novembro de 1917 |
Antecessor(a) | Nikolay Chkheidze |
Sucessor(a) | Mikhailovitch Sverdlov |
Dados pessoais | |
Nascimento | 18 de junho de 1883 Shali, Império Russo |
Morte | 25 de agosto de 1936 (52 anos) Moscou, República Socialista Federativa Soviética Russa |
Nacionalidade | russo |
Cônjuge | Olga Kameneva |
Partido | Partido Comunista da União Soviética |
Religião | Judaísmo ortodoxo e depois nenhuma (ateu) |
Lev Borisovich Kamenev (em russo: Лев Борисович Каменев; foi um revolucionário e político soviético, um dos líderes da facção bolchevique do Partido Social-democrata Obreiro Russo (PSDOR), depois PC Russo e finalmente PCUS Partido Comunista da URSS e um dos mentores da Revolução Russa de 1917. Seu sobrenome original era Rozenfeld (em russo: Розенфельд). Foi criado por uma família de agricultores e costureiros armenianos de Shali, uma cidade existente até hoje e que pode ser encontrada na região em que hoje é localizada a Chechênia.
Kamenev nasceu em Moscou, filho de um trabalhador ferroviário judeu e uma mãe ortodoxa russa.[1] O dinheiro que seu pai havia adquirido foi usado para financiar uma boa educação para Lev. Ele frequentou a Universidade de Moscou, mas sua educação foi interrompida por uma prisão em 1902. Daquele ponto em diante, ele tornou-se um revolucionário profissional, trabalhando em St. Petersburgo, Moscou e Tbilisi. Kamenev se casou com Olga Kameneva, irmã de Leon Trotsky, no início de 1900 e o casal teve dois filhos.
Uma breve viagem ao exterior em 1902 introduziu Kamenev aos líderes social-democratas russos que viviam no exílio, incluindo Vladimir Lenin, cujo associado ele se tornou.[2]
Em 1918, Kamenev se tornou presidente do Soviete de Moscou e logo depois de Lênin, vice-presidente do Conselho dos Comissários do Povo e do Conselho do Trabalho e da Defesa.[3]
Kamenev e seu aliado Zinoviev permaneceram politicamente inativos até outubro de 1932, quando foram expulsos do Partido Comunista pois receberam o apelo de um grupo oposicionista, mas não informaram o partido sobre suas atividades durante o Caso Ryutin. Logo depois eles se uniram a Trotsky em um bloco de oposição a Stalin,[4][5] junto com alguns membros tanto da Oposição de Esquerda quanto da Oposição de Direita. Trotsky definiu o bloco como uma ferramenta para combater a repressão stalinista. Pierre Broué teorizou que os membros da Oposiçõa de Direita não nomeados nas cartas de Trotsky eram provavelmente o próprio grupo Ryutin. É difícil de saber ao certo, uma vez que algumas das cartas de Trotsky mencionando o bloco provavelmente foram destruídas. O bloco provavelmente se dissolveu depois de 1933, quando Zinoviev e Kamenev se juntaram a Stalin mais uma vez, logo depois de admitir novamente seus erros.[5] Eles foram readmitidos em dezembro de 1933. Eles foram forçados a fazer discursos de auto-flagelação no XVII Congresso do Partido em janeiro de 1934, onde Stalin desfilou com seus antigos oponentes políticos, mostrando-os derrotados e contritos externamente.
Em agosto de 1936, depois de meses de preparativos cuidadosos e ensaios em prisões da polícia secreta soviética, Zinoviev, Kamenev e outras 14 pessoas, na sua maioria velhos bolcheviques, foram levados a julgamento novamente. Desta vez, com diversas acusações, incluindo a formação de uma organização terrorista que supostamente matou Kirov e tentou matar Joseph Stalin e outros líderes do governo soviético. Este processo foi um dos julgamentos de Moscou e preparou o palco para julgamentos posteriores, onde velhos bolcheviques confessaram crimes cada vez mais elaboradas e monstruosos, incluindo espionagem, envenenamento, sabotagem, e assim por diante. Como outros acusados, Kamenev foi considerado culpado e executado em 25 de agosto de 1936.
Kamenev, Zinoviev e seus co-réus foram formalmente inocentados de todas as acusações pelo governo soviético em 1988.