Ligas de extrema direita

As ligas de extrema-direita (em francês: ligues d'extrême droite) foram vários movimentos da extrema-direita francesa contrários ao parlamentarismo, que se dedicavam principalmente a desfiles militares, brigas de rua, manifestações e motins. O termo ligue era frequentemente usado na década de 1930 para distinguir esses movimentos políticos de partidos parlamentares. Depois de terem surgido inicialmente no fim do século XIX, durante o caso Dreyfus, tornaram-se comuns na década de 1920 e 1930, participando notavelmente da crise de 6 de fevereiro de 1934 e dos motins que derrubaram o segundo Cartel des gauches, isto é, a coalizão de centro-esquerda liderada por Édouard Daladier.[1]

Por muito tempo, a esquerda francesa esteve convencida de que esses motins tinham sido uma tentativa de golpe de Estado contra a República Francesa. Embora historiadores contemporâneos tenham demonstrado que, apesar dos tumultos e do consequente colapso do governo de esquerda, não havia planos organizados para derrubar o governo radical-socialista de Daladier, essa crença generalizada levou à criação do movimento antifascista na França e, mais tarde, à dissolução dessas ligas em 1936, pelo governo de esquerda da Frente Popular, chefiado por Léon Blum.

  1. William D. Irvine. French Conservatism in Crisis: The Republican Federation of France in the 1930s (1979) pp. 98–126. [Falta ISBN]

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