Los Disparates

Los Disparates
Los Disparates
Autor Francisco de Goya
Data 1815
Técnica burin

Los disparates ou Los proverbios[1] é uma série (com toda probabilidade incompleta) de vinte e duas gravuras realizadas à água-tinta e água-forte, com retoques de ponta seca e brunidor, realizada por Francisco de Goya entre 1815 e 1823.

Dentre todas as estampas realizadas por Goya, esta série é a de mais difícil interpretação. Nela destacam-se as visões oníricas, a presença da violência e o sexo e a ridiculização das instituições relacionadas com o Antigo Regime e em geral, a crítica do poder estabelecido. Porém, além destas conotações, as estampas oferecem um mundo imaginativo rico relacionado com a noite, com o carnaval, e com o grotesco, que constituem um enigma tanto estampa por estampa quanto no seu conjunto.

A série dos Disparates permaneceu inédita até 1864, ano em que a Real Academia de Belas-Artes de São Fernando publicou dezoito gravuras que, em 1877, aumentariam a vinte e duas após a aparição de quatro lâminas mais aparecidas na revista L'Art, procedentes das pranchas que se estavam em poder de Eugenio Lucas.

  1. Embora a série nunca tivesse um título definitivo, a Real Academia de Belas-Artes de São Fernando publicou em 1864 dezoito gravuras desta com o título de Los proverbios. Vicente Carderera e Jaime Machén, que trabalharam primeiro nestas pranchas, aludiram a elas como «Caprichos» ou «Caprichos fantásticos». Mais tarde surgiu o nome de «Proverbios» e Carderera referiu-se à série como «Sueños» (sonhos) em 1863, provavelmente pelo caráter onírico de muitas das estampas. Contudo, nas provas de estado, do próprio Goya, aparecem umas epígrafes que qualificam as estampas como «Disparate feminino», «Disparate voante», ou «Disparate de carnaval». Na atualidade, o término majoritário e preferível (Cfr. Bozal, vol. 2, p. 200 e 203) é o de Disparates.

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