Lula Livre

Lula Livre
Parte de crise político-econômica de 2014 e prisão de Luiz Inácio Lula da Silva

Apoiadores acompanham o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial brasileira de 2018, em frente ao Tribunal Superior Eleitoral.
Período 02018-04-05 5 de abril de 2018 – 02019-11-08 8 de novembro de 2019
Local  Brasil; vários estados
Causas
Objetivos
  • Restaurar direitos dos brasileiros e a democracia no país;
  • assegurar um julgamento "justo" ao ex-presidente Lula; soltura
Características oposição, protestos, manifestações e greves

Lula Livre, renomeado Lula Livre, Brasil Livre,[1] foi um movimento civil apoiado por vários movimentos sociais e entidades sindicais brasileiras, ativistas e personalidades de mais de 50 países.[2][3][4]

Para unir movimentos inseridos na campanha e reforçá-la, foi lançado o Comitê Internacional de Solidariedade em Defesa de Lula e a Democracia no Brasil em 15 de março de 2018, durante o Fórum Social Mundial (FSM) na edição daquele ano, ocorrida em Salvador.[5][6] No início de suas atividades, o comitê tinha como objetivo restaurar a democracia no Brasil, o direito dos brasileiros de eleger livremente seus líderes políticos e assegurar um julgamento justo a Lula. Em 2021, com a reestruturação do movimento, foi acrescentado a esses objetivos a disputa de um projeto de nação e a garantia de que o ex-presidente não volte a ser alvo de ataques jurídicos, mantendo sua elegibilidade nas eleições de 2022.[7] O argumento central do grupo é que Lula é inocente e sua condenação pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva carece de provas materiais.[8]

Lula foi condenado em 2017 a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro.[9][10] Em 6 de fevereiro de 2019, em outro julgamento, foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que trata do recebimento de vantagens indevidas através de reformas realizadas em um sítio em Atibaia, pagas pela Odebrecht (atual Novonor) e Schahin como contrapartida para a conclusão de contratos sobrecarregados com a Petrobras.[11]

Em 2019, com o objetivo de estabelecer um “amplo diálogo com a sociedade sobre os reais motivos desta prisão” do petista, o Comitê Nacional propôs que cerca de meio milhão de jornais devem ser distribuídos gratuitamente para a população,[12] a fim de explicar os resultados do The Intercept Brasil sobre as alegações de que Sergio Moro, enquanto juiz, teve conversas privadas para ridicularizar a defesa do ex-presidente e direcionar a estratégia de mídia dos promotores.[13]

Em junho de 2020, como Lula acusa Sergio Moro de condená-lo com parcialidade no caso do triplex do Guarujá,[14] Gilmar Mendes propôs que Lula aguarde em liberdade até conclusão de julgamento de parcialidade de Moro.[15]

Em 8 de março de 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou todas as condenações contra o ex-presidente Lula em relação à operação Lava Jato feitas pelo Tribunal de Justiça do Paraná e pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região. Com esta decisão, o político deixou de ser inelegível e os processos judiciais contra o foram para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.[16][17]

Acolhendo pedidos da defesa, todas as ações da Lava Jato contra o ex-presidente foram encerradas pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou Sergio Moro suspeito.[18]

  1. «Campanha Lula Livre é rebatizada com "Lula Livre, Brasil Livre"». Comitê Nacional Lula Livre. 15 de julho de 2021. Consultado em 16 de julho de 2021 
  2. «Coluna | Quatro observações sobre o futuro da campanha "Lula Livre"». Brasil de Fato. Consultado em 25 de março de 2021 
  3. «Campanha Lula Livre lança site para pressionar STF a julgar suspeição de Sérgio Moro». CUT - Central Única dos Trabalhadores. Consultado em 25 de março de 2021 
  4. «Free Lula!». IndustriALL (em inglês). Consultado em 12 de junho de 2018 
  5. «Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia será criado dia 15». CUT - Central Única dos Trabalhadores. Consultado em 25 de março de 2021 
  6. «Está no ar o site do Comitê Internacional em Defesa de Lula». Fundação Perseu Abramo. 18 de maio de 2018. Consultado em 25 de março de 2021 
  7. «Okamotto: Campanha Lula Livre Brasil Livre segue para que algo como a Lava Jato não ocorra mais». Brasil de Fato. Consultado em 16 de julho de 2021 
  8. «Página Inicial - Fundação Perseu Abramo». Fundação Perseu Abramo. Consultado em 12 de junho de 2018 
  9. «Moro condena Lula por caso do triplex no Guarujá». BBC Brasil, Portal Terra. 12 de julho de 2017. Consultado em 12 de julho de 2017. Cópia arquivada em 12 de julho de 2017 
  10. Rangel, Rodrigo (12 de julho de 2017). «Lula é condenado a nove anos e meio de cadeia». Veja. Abril. Consultado em 12 de julho de 2017. Cópia arquivada em 12 de julho de 2017 
  11. «Lula é condenado a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia». noticias.uol.com.br. Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
  12. Comitês Lula Livre vão às ruas divulgar conversas de Moro e Dallagnol (2019)
  13. Secret Brazil Archive - Part 4 Operation Car Wash prosecutors followed Judge Sergio Moro’s advice in order to “bring comfort to the judge and take the lead to protect him.”. por Andrew Fishman, Rafael Moro Martins, Leandro Demori, Glenn Greenwald e Amanda Audi (2019) (em inglês)
  14. «Ao vivo: STF julga suspeição de Moro e soltura de Lula». Gazeta do Povo. Consultado em 23 de junho de 2020 
  15. «Gilmar Mendes defende Lula livre pelo STF fim de julgamento sobre Moro». Gazeta do Povo. Consultado em 23 de junho de 2020 
  16. «Fachin anula condenações de Lula relacionadas a operação Lava Jato». G1. Grupo Globo. 8 de março de 2021. Consultado em 8 de março de 2021 
  17. null. «Lula livre? Como ficaram os 20 processos e inquéritos contra o ex-presidente». Gazeta do Povo. Consultado em 31 de julho de 2022 
  18. null. «Lula livre? Como ficaram os 20 processos e inquéritos contra o ex-presidente». Gazeta do Povo. Consultado em 1 de agosto de 2022 

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