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Magnetismo animal[1] (em alemão: lebensmagnetismus) foi o nome dado pelo médico alemão Franz Mesmer, no século XVIII, ao que ele acreditava ser uma força natural invisível possuída por todos os seres vivos. Mesmer acreditava que tal força poderia ter efeitos físicos, incluindo propriedades de cura. Essa hipótese ficou conhecida como mesmerismo. Ele tentou persistentemente, mas sem nenhum sucesso alcançar reconhecimento científico de suas ideias.[2] Ele também foi inúmeras vezes acusado de charlatanismo.[3][4][5][6][7]
Em sua origem, Mesmer almejava que o magnetismo animal se tornasse uma ciência coadunante com a filosofia e a religião,[8] buscando a melhor compreensão, não apenas do universo tangível, mas também do que chamava de universo energético e fluídico.[9] Fundamentado como doutrina, o mesmerismo com seu conjunto de aforismos, é relatado como um dos primeiros movimentos em larga escala a tentar aproximar do mundo acadêmico ocidental, os supostos fenômenos paranormais.[10][11]
Esta teoria vitalista atraiu vários seguidores na Europa e Estados Unidos, e foi popular no século XIX. Os praticantes eram conhecidos como magnetizadores, em vez de mesmeristas. Por cerca de 75 anos, desde seu início, em 1779, foi uma importante especialidade médica e continuou a ter alguma influência por cerca de mais 50 anos. Centenas de livros foram escritos sobre o assunto entre 1766 e 1925.[12]
Em 1784, uma Comissão Real, composta por figuras notáveis como Antoine Lavoisier, Benjamin Franklin e Joseph-Ignace Guillotin, investigou o Magnetismo Animal de Mesmer a pedido do rei francês Luis XVI. Os testes cegos conduzidos por eles revelaram que os pacientes só sentiam os efeitos do magnetismo quando acreditavam que ele estava sendo aplicado, levando à conclusão de que as curas observadas eram resultado da "imaginação".[13]
Depois da descoberta do eletromagnetismo por Hans Christian Ørsted, em 1820, Ampère (1827) e a de Faraday (1831), o entendimento da física do magnetismo progrediu rapidamente. Durante o mesmo período, a medicina avança e descobre que os nervos não são controlados por um fluido magnético. Todas estas descobertas vão contra as ideias do magnetismo animal, que incidia na existência do fluido. Finalmente, em 1887 o Experimento de Michelson-Morley demonstrou que a velocidade da luz é independente do seu ambiente e, portanto, nenhum éter físico é o suporte da luz e do eletromagnetismo.[14] Hoje em dia é quase inteiramente esquecida[12] e desde o fim do século XIX, as pessoas que ainda defendem a teoria do magnetismo animal são, essencialmente curandeiros e adeptos de ciências ocultas.[14]
Mesmo que presente em alguns países, suas práticas não são reconhecidas como parte da ciência médica, e são considerados por muitos médicos e pelos cientistas como placebo e autossugestão, através do processo universal conhecido como resposta de esperança.[15][16][17]
O mesmerismo exerceu grande influência no desenvolvimento da doutrina espírita.[18] O método de Mesmer influenciou também a hipnose moderna.[19]
O relatório que a comissão publicou concluiu que não havia evidência científica do magnetismo animal e que as curas atribuídas a isto poderiam ter acontecido por remissão normal do problema ou esta cura era algum tipo de auto ilusão)
Precursor da hipnose, psicoterapia e do tratamento de doenças psicossomáticas foi taxado de charlatão, por causa do uso do magnetismo para curar.