A Mancomunidade da Catalunha (em catalão Mancomunitat de Catalunya) foi uma instituição ativa entre 1914 e 1923/1925 que agrupou as quatro deputações catalãs: Barcelona, Girona, Tarragona e Lleida.[1] Apesar de ter funções puramente administrativas e que as suas competências não iam para além das deputações provinciais, adquiriu uma grande importância política: representava o primeiro reconhecimento por parte do estado espanhol da personalidade e da unidade territorial de Catalunha desde os Decretos do Novo Plano de 1714.
Foi presidida por Enric Prat da Orla (1914-1917) e depois do seu falecimento, por Josep Puig i Cadafalch (1917-1923), ambos militantes da Liga Regionalista. Converteu-se num ente básico que contribuiu na modernização da Comunidade. Uma das máximas de Prat da Orla que definem a Mancomunidade foi: «Que não exista uma única autarquia da Catalunha que não tenha, à parte dos serviços de polícia, a sua escola, a sua biblioteca, os seus serviços telefónicos e a sua estrada». Depois do golpe de Estado de Primo de Rivera, Alfons Sala presidiu-a entre 1923 e 1925.[2]
Em geral, a Mancomunidade levou a termo uma importante tarefa de criação de infra-estruturas de caminhos e portos, obras hidráulicas, caminhos de ferro, telefones, beneficência, cultura e previdência. Também empreendeu iniciativas para aumentar os rendimentos agrícolas e florestais introduzindo melhoras tecnológicas, de serviços e educativas e potenciou os ensinos tecnológicos necessários para a indústria catalã.[3]