Marcel Lihau

Marcel Lihau
Marcel Lihau
Lihau por volta de 1990
Primeiro Presidente do Supremo Tribunal de Justiça da República Democrática do Congo[a]
Período 23 de novembro de 1968
a junho de 1975
Presidente Mobutu Sese Seko
Antecessor(a) Cargo criado
Sucessor(a) Nicolas Bayona Ba Meya
Secretário de Estado da Justiça da República Democrática do Congo
Período 9 de fevereiro de 1961
a 2 de agosto de 1961
Presidente Joseph Kasa-Vubu
Sucessor(a) Paul Bolya
Primeiro-Ministro Joseph Iléo
Comissário-Geral da Justiça da República do Congo
Período setembro de 1960
a 9 de fevereiro de 1961
Deputado Étienne Tshisekedi
Dados pessoais
Nome completo Marcel Antoine Lihau
Nascimento 29 de setembro de 1931
Bumba, Equador, República Democrática do Congo
Morte 9 de abril de 1999 (67 anos)
Boston, Massachusetts, Estados Unidos
Nacionalidade congolês
Alma mater Universidade Católica de Lovaina
Cônjuge Sophie Kanza (c. 1964)
Filhos(as) Jean-Pierre Lihau
Partido MPR (1971–1975)
UDPS (1982–1993)

Marcel Antoine Lihau ou Ebua Libana la Molengo Lihau (Bumba, 29 de setembro de 1931Boston, 9 de abril de 1999) foi um jurista, professor de direito e político congolês, primeiro a ocupou o cargo de primeiro presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Congo entre 1968 a 1975, e esteve envolvido na criação de duas constituições para a República Democrática do Congo.

Lihau frequentou a Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, com a ajuda de educadores jesuítas que lhe eram simpáticos, tornando-se um dos primeiros congoleses a estudar direito. Enquanto estava lá, encorajou os políticos congoleses a formarem uma aliança que lhes permitisse garantir a independência do Congo da Bélgica. Ele trabalhou brevemente como oficial de justiça e negociador para o governo central congolês antes de ser nomeado líder de uma comissão para redigir uma constituição nacional permanente. Posteriormente, foi nomeado reitor da faculdade de direito da Universidade de Lovanium em 1963. No ano seguinte, ajudou a entregar a Constituição de Luluabourg aos congoleses, que foi adotada por referendo.

Em 1965, Joseph-Desiré Mobutu assumiu o controle total do país e designou Lihau para produzir uma nova constituição. Três anos depois, Lihau foi nomeado primeiro presidente do novo Supremo Tribunal de Justiça do Congo. O jurista manteve o cargo, defendendo a independência judicial, até 1975, quando se recusou a impor uma sentença severa aos manifestantes estudantis. Lihau foi sumariamente destituído de seu cargo por Mobutu e colocado em prisão domiciliar. Tornando-se cada vez mais contrário ao governo, ajudou a fundar a Union pour la Démocratie et le Progrès Social, voltada para a reforma. Mobutu respondeu suspendendo seus direitos e banindo-o para uma aldeia rural. Com a saúde em declínio, buscou refúgio da perseguição política nos Estados Unidos em 1985, aceitando um emprego como professor de direito constitucional na Universidade de Harvard. Ele continuou a defender a democracia no Congo e voltou ao país em 1990 para discutir a reforma política. Posteriormente, buscou tratamento médico de volta aos Estados Unidos, onde morreu em 1999.
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