Marciano (imperador bizantino)

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Marciano
Augusto do Império Romano do Oriente
Marciano (imperador bizantino)
Soldo com efígie de Marciano
Imperador bizantino
Reinado 25 de agosto de 45027 de janeiro de 457
Antecessor(a) Teodósio II
Sucessor(a) Leão I, o Trácio
Nascimento c. 392
Ilíria ou Trácia
Morte 27 de janeiro de 457
Sepultado em Igreja dos Santos Apóstolos
Cônjuge Esposa de nome incerto
Élia Pulquéria
Descendência Márcia Eufêmia
Dinastia teodosiana
Religião catolicismo
São Marciano
Veneração por Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica 17 de janeiro

Flávio Marciano Augusto (em latim: Flavius Marcianus Augustus), mais conhecido apenas como Marciano (em latim: Marcianus; em grego clássico: Μαρκιανός; ca. c. 392 - 27 de janeiro de 457) foi imperador bizantino de 450 a 457. Pouco se sabe sobre sua vida antes de tornar-se imperador. Foi doméstico sob Ardabúrio e seu filho Áspar por 15 anos. Após a morte de Teodósio II em 28 de julho de 450, foi feito candidato ao trono por Áspar, que manteve grande influência devido seu poder militar. Após um mês de negociações, Pulquéria, irmã de Teodósio, concordou em se casar com Marciano e Zenão, um líder militar de similar influência, concordou em ajudar Marciano a tornar-se imperador em troca da posição de patrício. Marciano foi eleito e inaugurado em 25 de agosto. Logo ao ascender, negou o pedido de ajuda do nacarar Vardanes II Mamicônio, que se rebelou contra a autoridade do Isdigerdes II (r. 438–457) sobre a Armênia e enviou uma embaixada a Constantinopla buscando apoio do Império Bizantino.

Marciano reverteu várias ações de seu predecessor, tanto acerca da relação entre o Império Romano Ocidental e os hunos sob Átila, como acerca da doutrina religiosa. Marciano quase imediatamente revogou todos os tratados com Átila, cessando os pagamentos de subsídios do Império Bizantino a ele. Em 452, enquanto Átila estava atacando a Itália, Marciano lançou expedições através do Danúbio na Grande Planície Húngara, derrotando os hunos em seu próprio território. Essa ação, acompanhada pela fome e praga que eclodiu no norte da Itália, permitiu a Marciano subornar Átila para retirar-se da península Itálica.

Após a morte de Átila em 453, Marciano tomou vantagem da resultante fragmentação do Império Huno e assentou várias tribos dentro do Império Bizantino como federados (tribos sujeitas que tinham obrigações militares em troca de vários benefícios). Marciano também conveniou o Concílio da Calcedônia (451), que reverteu o anterior Segundo Concílio do Éfeso (449) e declarou que Jesus tinha duas naturezas, uma divina e uma humana. A pouco fiável Pátria ainda lhe atribuiu a construção do Crisotriclino, o principal salão cerimonial e de recepção do Grande Palácio, e a ele foi edificada a ainda existente Coluna de Marciano. Morreu em 27 de janeiro de 457 e deixou o Império Bizantino com excedente no tesouro de 7 milhões de soldos. Foi sepultado na Igreja dos Santos Apóstolos da capital e foi venerado pela Igreja Ortodoxa e Igreja Católica como santo e sua festa litúrgica ocorre em 17 de janeiro, junto daquela de Pulquéria. Após sua morte, Áspar elegeu Leão I, o Trácio (r. 457–478) como imperador.


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