Mary Celeste

 Nota: Não confundir com Maria Celeste (navio).
Mary Celeste
Mary Celeste
Uma pintura de Mary Celeste em 1861 (chamado Amazon na época), de um artista desconhecido
Canadá
Lançamento 18 de maio de 1861
Porto de registro Parrsboro, Nova Scotia
Destino encalhou em Glace Bay, Nova Scotia, 1867, resgatado e vendido para donos norte-americanos
Características gerais
Tipo de navio Bergantim
Tonelagem 198,42 (construção original de 1861)
282,28 (reconstrução de 1872)
Comprimento 30,3 m (construção original de 1861)
31 m (reconstrução de 1872)
Boca 6,9 m (construção original de 1861)
7,8 m (reconstrução de 1872)
Calado 3,6 m (construção original de 1861)
4,9 m (reconstrução de 1872)

Mary Celeste (também designado, erradamente, por Marie Celeste)[1] foi um bergantim mercante norte-americano que foi encontrado à deriva e sem tripulação no Oceano Atlântico, ao largo dos Açores, em 4 de Dezembro de 1872, pelo bergantim canadiano Dei Gratia. O navio, embora com sinais de abandono, estava com boas condições de navegabilidade, com parte das velas içadas, sem ninguém a bordo, e sem o seu barco salva-vidas. O último registo no diário de bordo tinha data de dez dias antes. O Mary Celeste saiu de Nova Iorque rumo a Génova em 7 de Novembro, e quando foi descoberto ainda tinha bastantes provisões e mantimento. A sua carga de álcool desnaturado estava intacta e os bens pessoais do capitão e da restante tripulação não tinham sido mexidas. Nunca mais se viu ou se ouviu falar dos que iam a bordo do navio.

O Mary Celeste foi lançado sobre o registo britânico de Amazon, em 1861. Passou, depois, para mãos norte-americanas em 1868, mudando a sua nova designação até à última viagem realizada em 1872. Nas primeiras audiências em Gibraltar, após a sua descoberta à deriva, os representantes da investigação consideraram várias possibilidades de crime, incluindo motim por parte da tripulação do navio, actos de pirataria por parte dos membros do Dei Gratia, ou outros, e conspiração para poder ativar o seguro da embarcação de forma fraudulenta. No entanto, não se encontraram quaisquer indícios para apoiar estas teorias.

A natureza inconclusiva das audiências deu origem a décadas de especulação em relação às causas do mistério, e toda a história envolvente foi ainda mais distorcida por falsas informações e fantasia. As hipóteses avançadas incluem os efeitos da evaporação do álcool na tripulação, um sismo submarino (seguido de maremoto), trombas de água, ataques de lulas-gigantes e atividade paranormal.

Depois das audiências de Gibraltar, o Mary Celeste continuou ao serviço com novos donos. Em 1885, o seu capitão encalhou, propositadamente, o navio ao largo da costa do Haiti, para tentar ativar o seguro de forma fraudulenta. A história da descoberta o navio abandonado em 1872 deu origem a várias dramatizações em documentários, séries e filmes, e o nome do navio tornou-se sinónimo de abandonos inexplicáveis.

Em 1894, o escritor britânico Arthur Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério, mas o nome do navio foi escrito como Marie Celeste. Esta forma passou a ser mais utilizada no dia-a-dia do que o nome original.

  1. «Mary Celeste». Oxford Dictionaries. Oxford University Press. Consultado em 10 de Novembro de 2015 

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