Mary Shelley | |
---|---|
Retrato de Mary Shelley por Richard Rothwell exposto na Royal Academy em 1840, acompanhado pela leitura do poema de Percy Shelley, The Revolt of Islam onde a nomeava da "criança de amor e luz".[1] | |
Nascimento | Mary Wollstonecraft Godwin 30 de agosto de 1797 Londres, Inglaterra |
Morte | 1 de fevereiro de 1851 (53 anos) Londres, Inglaterra |
Residência | Londres |
Sepultamento | St Peter's Church, Bournemouth |
Nacionalidade | britânica |
Cidadania | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, Reino da Grã-Bretanha, Reino Unido |
Progenitores | |
Cônjuge | Percy Bysshe Shelley (1792–1822) |
Filho(a)(s) | Clara (1815–1815) William (1816–1819) Clara Everina (1817–1818) Percy Florence (1819–1888) |
Irmão(ã)(s) | William Godwin the Younger, Fanny Godwin, Claire Clairmont, Charles Gaulis Clairmont |
Ocupação | escritora |
Distinções |
|
Obras destacadas | Frankenstein: ou O Moderno Prometeu |
Movimento estético | British Romanticism |
Religião | Anglicanismo |
Causa da morte | tumor cerebral |
Assinatura | |
Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin (Somers Town, Londres, 30 de agosto de 1797 – Chester Square, Londres, 1 de fevereiro de 1851), mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da feminista e escritora Mary Wollstonecraft.
Mary Shelley foi autora, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida por seu romance gótico, Frankenstein: ou O Moderno Prometeu (1818). Ela também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley, com quem se casou em 1816, após o suicídio de sua primeira esposa.
A mãe de Mary morreu 10 dias depois do nascimento de sua filha; ela e sua meia-irmã, Fanny Imlay, foram criadas por seu pai. Quando Mary tinha quatro anos, Godwin casou-se com uma vizinha, Mary Jane Clairmont. Godwin deu à sua filha uma rica e informal educação, encorajando-a a aderir às suas teorias políticas liberais. Em 1814, Mary Godwin iniciou um relacionamento amoroso com um dos seguidores políticos de seu pai, o casado Percy Bysshe Shelley. Junto com a irmã adotiva de Mary, Claire Clairmont, eles partem para a França e viajam pela Europa; uma vez retornando a Inglaterra, Mary fica grávida de Percy. Durante os próximos dois anos, ela e Percy enfrentam o ostracismo, dívidas e a morte da filha prematura. Eles se casaram em 1816 após o suicídio da primeira mulher de Percy Shelley, Harriet. Em 1816, o famoso casal passou o verão com Lord Byron, John William Polidori, e Claire Clairmont próximos de Genebra, Suíça, onde Mary concebe a ideia de seu romance Frankenstein. Os Shelleys deixam a Grã-Bretanha em 1818 e vão para a Itália, onde o segundo e o terceiro filhos morrem antes do nascimento de seu último e único sobrevivente filho, Percy Florence. Em 1822, seu marido afogou-se quando seu barco afundou durante uma tempestade na Baía de La Spezia. Um ano depois, Mary Shelley retornou a Inglaterra, devotando-se, desde então à educação de seu filho e à carreira como autora profissional. A última década de sua vida foi marcada pela doença, provavelmente causada pelo tumor cerebral que a iria matar aos 53 anos de idade.
Até os anos 70, Mary Shelley era conhecida principalmente por seus esforços em publicar os trabalhos de Percy Shelley e pelo romance Frankenstein, que permanece sendo lido mundialmente e tendo inspirado muitas peças de teatro e adaptações para o cinema. Os estudos atuais renderam uma visão mais abrangente das realizações de Mary Shelley. Estudiosos demonstraram mais interesse em sua carreira literária, particularmente seus romances, que incluem romances históricos Valperga (1823) e The Fortunes of Perkin Warbeck (1830), o romance apocalíptico The Last Man (1826), e seus últimos dois romances, Lodore (1835) e Falkner (1837). Estudos de seus últimos trabalhos conhecidos como o livro de viagens Rambles in Germany and Italy (1844) e os artigos biográficos de Dionysius Lardner's, Cabinet Cyclopaedia (1829–46), serviram de base e visualização de que Mary Shelley permaneceu uma política radical por toda a vida. O trabalho de Mary Shelley frequentemente discute que essa cooperação e simpatia, particularmente praticada pelas mulheres na família, eram maneiras de se reformar a sociedade civil. Esta visão foi um desafio direto ao caráter romântico individualista promovido por Percy Shelley e as teorias políticas iluministas articuladas por seu pai, William Godwin.