Miocardite

Miocardite
Miocardite
Microscopia de miocardite numa pessoa com insuficiência cardíaca aguda
Sinónimos Cardiomiopatia inflamatória
Especialidade Cardiologia
Sintomas Falta de ar, dor torácica, incapacidade física, arritmias[1]
Complicações Insuficiência cardíaca devido a cardiomiopatia dilatada, parada cardíaca[1]
Duração De horas a meses[1]
Causas Geralmente infeção viral mas também bacteriana, alguns medicamentos, toxinas, doenças autoimunes[1][2]
Método de diagnóstico Electrocardiograma, troponina no sangue, ressonância magnética, biópsia cardíaca[1][2]
Tratamento Medicação, cardioversor desfibrilhador implantável, transplante de coração[1][2]
Medicação Inibidores da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueadores, diuréticos, corticosteroides, terapia de imunoglobulina[1][2]
Frequência 2,5 milhões com cardiomiopatia (2015)[3]
Mortes 354 000 com cardiomiopatia (2015)[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 I51.4, I40
CID-9 429.0
CID-11 1018829714
DiseasesDB 8716
MedlinePlus 000149
eMedicine 156330, 1612533
MeSH D009205
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Miocardite ou cardiopatia inflamatória é a inflamação do músculo cardíaco.[1] Os sintomas mais comuns são falta de ar, dor torácica, diminuição da capacidade física e arritmias cardíacas.[1] A duração da doença pode variar de horas a meses.[1] Entre as possíveis complicações estão insuficiência cardíaca devido a cardiomiopatia dilatada ou parada cardíaca.[1]

A maior parte dos casos de miocardite tem origem em infeções virais.[1] Entre outras possíveis causas estão infeções bacterianas, alguns medicamentos, toxinas e doenças autoimunes.[1][2] Os meios de diagnóstico incluem electrocardiograma, aumento dos valores de troponina, ressonância magnética cardíaca e, em alguns casos, biópsia ao coração.[1][2] Um ecocardiograma do coração permite descartar outras potenciais causas, como valvulopatias.[2]

O tratamento depende da gravidade e da causa subjacente.[1][2] Em grande parte dos casos são administrados medicamentos como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueadores ou diuréticos.[1][2] Geralmente recomenda-se que não seja feito esforço físico durante o recobro.[1][2] Em alguns casos pode se útil a administração de corticosteroides ou terapia de imunoglobulina.[1][2] Nos casos mais graves podem ser recomendados um cardioversor desfibrilhador implantável ou um transplante de coração.[1][2]

Em 2013 ocorreram em todo o mundo cerca de 1,5 milhões de casos de miocardite aguda.[5] Embora a doença possa afetar pessoas de todas as idades, é mais comum entre os jovens.[6] É ligeiramente mais comum entre homens do que entre mulheres.[1] A maior parte dos casos são ligeiros.[2] Em 2015, as cardiomiopatias, nas quais se inclui a miocardite, foram a causa de 354 000 mortes, um aumento em relação às 294 000 em 1990.[7][8] As primeiras descrições da doença datam de meados do século XIX.[9]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t Cooper LT, Jr (9 de abril de 2009). «Myocarditis.». The New England Journal of Medicine. 360 (15): 1526–38. PMID 19357408. doi:10.1056/nejmra0800028 
  2. a b c d e f g h i j k l m Kindermann, I; Barth, C; Mahfoud, F; Ukena, C; Lenski, M; Yilmaz, A; Klingel, K; Kandolf, R; Sechtem, U; Cooper, LT; Böhm, M (28 de fevereiro de 2012). «Update on myocarditis.». Journal of the American College of Cardiology. 59 (9): 779–92. PMID 22361396. doi:10.1016/j.jacc.2011.09.074 
  3. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577Acessível livremente. PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  4. GBD 2015 Mortality and Causes of Death, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». Lancet. 388 (10053): 1459–1544. PMC 5388903Acessível livremente. PMID 27733281. doi:10.1016/S0140-6736(16)31012-1 
  5. Global Burden of Disease Study 2013, Collaborators (22 de agosto de 2015). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 386 (9995): 743–800. PMC 4561509Acessível livremente. PMID 26063472. doi:10.1016/s0140-6736(15)60692-4 
  6. Willis, Monte; Homeister, Jonathon W.; Stone, James R. (2013). Cellular and Molecular Pathobiology of Cardiovascular Disease (em inglês). [S.l.]: Academic Press. p. 135. ISBN 9780124055254. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2017 
  7. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 de dezembro de 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013». Lancet. 385 (9963): 117–71. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2 
  8. GBD 2015 Mortality and Causes of Death, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». Lancet. 388 (10053): 1459–1544. PMC 5388903Acessível livremente. PMID 27733281. doi:10.1016/s0140-6736(16)31012-1 
  9. Cunha, Burke A. (2009). Infectious Diseases in Critical Care Medicine (em inglês). [S.l.]: CRC Press. p. 263. ISBN 9781420019605. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2017 

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