Mir | |||
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Estatísticas | |||
Tripulação: | 3 | ||
Lançamento | 20 de fevereiro de 1986 a 23 de abril de 1996 | ||
Data de ocupação (EO-1 / Mir-1) |
12 de março de 1986 | ||
Período Orbital: | 91,9 min | ||
Inclinação: | 51,6 graus | ||
Órbitas por dia: | 15,70 | ||
Órbitas | 86 331 | ||
Reentrada | 23 de março de 2001 05:59 UTC | ||
Países | ![]() ![]() | ||
Velocidade média: | 7 700 m/s (27 700 km/h) | ||
Massa : | 129 700 kg | ||
Pressão | c. 101,3 kPa (29,91 inHg, 1 atm) | ||
Tempo em órbita | 15 anos, 2 meses e 3 dias | ||
Diagrama da estação | |||
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Mir (em russo: Мир, Paz ou Mundo) foi uma estação espacial que operou na órbita baixa da Terra entre 1986 e 2001, de propriedade da União Soviética e depois da Rússia. A Mir foi a primeira estação espacial modular e foi montada em órbita entre 1986 e 1996, tinha uma massa maior do que a de qualquer espaçonave anterior. Até 21 de março de 2001 foi o maior satélite em órbita, sucedida pela Estação Espacial Internacional (EEI) depois que sua órbita declinou. A estação serviu como um laboratório de pesquisa de microgravidade em que as equipes realizaram experimentos sobre biologia, biologia humana, física, astronomia, meteorologia e sistemas das naves espaciais com o objetivo de desenvolver tecnologias necessárias para a ocupação humana permanente do espaço.
A Mir foi a primeira estação de pesquisa continuamente habitada em órbita e estabeleceu o recorde da mais longa presença humana contínua no espaço, com 3 644 dias. O recorde foi rompido em 23 de outubro de 2010, quando foi superado pela EEI.[1] Ela detém ainda o recorde de mais longo voo espacial humano único, quando Valeri Polyakov passou 437 dias e 18 horas na estação entre 1994 e 1995. A estação espacial foi ocupada por um total de doze anos além de sua vida útil original de quinze anos, tendo a capacidade de suportar uma tripulação residente de três pessoas, ou de tripulações maiores para missões espaciais de curta duração.
Após o sucesso do programa Salyut, a Mir representou a fase seguinte do programa de estação espacial da União Soviética. O primeiro módulo da estação, conhecido como o módulo de núcleo, foi lançado em 1986 e foi seguido por seis módulos adicionais. Os foguetes Proton foram usados para lançar todos os seus componentes, exceto para o módulo de ancoragem, que foi instalado por um ônibus espacial da missão STS-74 em 1995. Quando concluída, a estação era composta por sete módulos pressurizados e vários componentes sem pressão. A energia era fornecida por vários painéis fotovoltaicos conectados diretamente aos módulos. A estação era mantida em uma órbita entre 296 km e 421 km de altitude e viajava a uma velocidade média de 27 700 quilômetros por hora, completando 15,7 órbitas por dia.[2][3][4]
A estação foi lançada como parte do programa de voos espaciais tripulados soviético para manter um posto avançado de pesquisa de longo prazo no espaço, e, após o colapso da União Soviética, passou a ser operada pela nova Agência Espacial Federal Russa (RKA). Como resultado, a grande maioria da tripulação da estação era formada por russos; no entanto, através de colaborações internacionais, como os programas Intercosmos, Euromir e Shuttle-Mir, a estação foi disponibilizada para os astronautas de países da América do Norte, Europa e Japão. O custo do programa Mir foi estimado em 2001 pelo ex-diretor da RKA, Yuri Koptev, como algo em torno de 4,2 bilhões de dólares ao longo de sua existência (incluindo desenvolvimento, montagem e operação orbital).[5]