Mitologema

Mitologema, de acordo com a definição de Károly Kerényi,[1] significa o elemento mínimo reconhecível de um complexo de material mítico que é continuamente revisto, reformulado e reorganizado, mas que na essência permanece, de fato, a mesma história primordial. essa história primordial é o mitologema. Na polêmica com Bronisław Malinowski, considerado um estudioso sério mas demasiado empírico, e que negava o valor simbólico do mito, Kerényi tentou provar o que existe de universal e fundamental no mito. O mitologema é um modelo arquetípico que, enriquecido com elementos próprios de uma cultura, dá origem ao mito. O abandono de uma criança que sobrevive e se torna grande e é causa de profundas mudanças é um exemplo de mitologema.

A história de Moisés, de Paris e de Rômulo são mitos advindos desse mitologema. outro exemplo é a imagem primordial do sol, cuja adoração pelos povos primevos deu origem aos mitos de Apolo, Cristo, Lucífer, Osiris e Mitra, todos eles símbolos do Sol e, por extensão, de claridade, clareza e, por conseguinte, de consciência. Os mitologemas seriam então esse material mítico que, de acordo com a teoria de Vladimir Propp, teria dado origem aos contos de fadas, juntamente com as reminiscências folclóricas e históricas. Da mesma forma, também as imagens primordiais de Carl Gustav Jung, com quem Kerenyi colaborou, estão relacionados com o conceito de mitologema. Georges Dumézil, Claude Lévi-Strauss, Gilbert Durand e Roland Barthes fizeram uso do termo.

Referências

  1. Deuses da Consciência e A Dissociação Psíquica Emocional, por Sonia Regina Lunardon Vaz, em 10 de março de 2013. Disponível em http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-14--2-20130310 http://www.bonde.com.br. Acesso em 5 de abril de 2015.

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