Mulude

Mulude, maulide ou molude[1] (em árabe: مولد; romaniz.: mawlid, mevlid, mevlit, mulud) ou mulude nabi xarife (em árabe: مَولِد النَّبِي‎; romaniz.: mawlidu n-nabiyyi) é a recordação islâmica realizada por alguns muçulmanos do nascimento do Profeta Maomé.[2]

Não há qualquer menção ao evento no Alcorão; pelo contrário, segundo os companheiros de Maomé, este proibiu a celebração de seu aniversário, dizendo:[2]

Não exagereis sobre mim como os cristãos exageraram sobre o filho de Maria. Eu sou apenas um e servo, temente a Alá.

Ao longo dos tempos, alguns teólogos opuseram-se a esta prática considerando-a como alheia à religião muçulmana (bid'ahs, "inovações que conduzem ao pecado"). É provável que ela seja o resultado de influências cristãs, em concreto a celebração do Natal como data do nascimento de Jesus Cristo. O uaabismo, uma corrente do Islão surgida no século XVIII e que é hoje oficial na Arábia Saudita, é contra esta celebração.[carece de fontes?]

Mesmo assim, milhares de muçulmanos pelo mundo comemoram o aniversário com canções e orações. Em alguns países são feitos desfiles e tornou-se ao longo dos anos o hábito da queima de fogos de artifício. [carece de fontes?]

Para os sunitas, a celebração de 1207 foi a primeira. Nessa data, em Irbil (perto de Moçul naquilo que é hoje o Iraque), o cunhado de Saladino, Almuzafar Adim Gocburi, organizou grandes celebrações da ocasião, com a presença de vários músicos e saltimbancos. [carece de fontes?]

  1. Alves 2014, p. 666.
  2. a b «Aniversário do Profeta». Relato de Al-Bukhari e explicação de Sheik. Consultado em 21 de janeiro de 2009 

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