Lema | ""Justice or Else!"" |
Tipo | Seita islâmica |
Fundação | 1930 |
Sede | ![]() |
Ministro | Louis Farrakhan |
Fundador(a) | Wallace Fard Muhammad |
Pessoas importantes | |
Sítio oficial | www |
Nation of Islam, também referida pelo acrônimo NOI (em português: Nação do Islã), é um grupo político e religioso que se reclama de islâmico, fundado em Detroit, Michigan, em julho de 1930, por Wallace D. Fard Muhammad. Seus objetivos declarados são o de melhorar a condição social, econômica e de consciência espiritual dos afro-americanos nos Estados Unidos e no mundo.[1] Os críticos descrevem a organização como sendo supremacista negra, antissemita e homofóbica.[2][3][4][5][6] O Southern Poverty Law Center considera a NOI como um grupo de ódio.[7][8]
A Nação ensina que houve uma sucessão de deuses mortais, todos homens negros nomeados Alá. Afirma que o primeiro Alá criou os primeiros humanos, a tribo de Shabazz, de língua árabe e pele escura, cujos membros possuíam divindade interior e dos quais descendem todas as pessoas de cor. Ela afirma então que um cientista chamado Yakub criou posteriormente a raça branca, que não tinha divindade interior. Os brancos eram intrinsecamente violentos e derrubaram a tribo de Shabazz, tornando-se globalmente dominantes. Posicionando-se contra a sociedade dominada pelos brancos dos Estados Unidos, a NOI faz campanha pela criação de um Estado-nação afro-americano independente e clama para que os afro-americanos sejam economicamente autossuficientes e separatistas. Uma tradição milenarista, afirma que o Alá atual logo chegará a bordo de uma nave espacial, o "Avião-Mãe", ou a "Nave-Mãe", para exterminar a raça branca e estabelecer uma utopia. Os membros se reúnem para adorar em edifícios chamados mesquitas ou templos; suas crenças são materialistas, rejeitando a existência de qualquer essência espiritual ou vida após a morte. Espera-se que os praticantes vivam vidas altamente disciplinadas, aderindo a códigos de vestimenta rígidos, requisitos dietéticos específicos e papéis patriarcais de gênero.
A organização publica um periódico chamado The Final Call. A Nação do Islã não divulga quantos são os seus membros; Lawrence A. Mamiya, professor no Vassar College, supõe que chegue a cerca de 50.000.[9]
Após o desaparecimento de Fard, em junho de 1934, o grupo passou a ser liderado por Elijah Muhammad, que estabeleceu locais de culto, uma escola, a Muhammad University of Islam, empresas e imóveis nos EUA e outros países. A organização tem sido uma forte defensora dos negócios afro-americanos.[10][11]
Houve diversas cisões e ramificações do grupo durante o período de liderança de Elijah Muhammad — destacando-se a saída do líder senior Malcolm X, que passaria a defender o sunismo. Após a morte de Elijah em 1975, seu filho, Warith Deen Mohammed alterou o nome da organização para "World Community of Islam in the West" (Comunidade Mundial do Islã no Ocidente) e tentou convertê-la ao sunismo.[12]
Em 1977, Louis Farrakhan rejeitou a liderança de Warith Deen Mohammed e restabeleceu o modelo original da Nação do Islã, asumindo o controle do principal templo, a Mesquita de Maryam, localizada em Chicago. Desde 2010, o estudo da Dianética pelos membros da organização vem sendo encorajado.[13]