Nikita Khrushchev Никита Хрущёв | |
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Nikita Khrushchev em 1962 | |
Primeiro-Secretário do Partido Comunista da União Soviética | |
Período | 14 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964 |
Antecessor(a) | Josef Stalin |
Sucessor(a) | Leonid Brejnev |
Primeiro-ministro da União Soviética | |
Período | 27 de março de 1958 a 14 de outubro de 1964 |
Antecessor(a) | Nikolai Bulganin |
Sucessor(a) | Alexey Kosygin |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de abril de 1894 Kalinovka |
Morte | 11 de setembro de 1971 (77 anos) Moscou, União Soviética |
Cônjuge | Yefrosinia Khrushcheva (1914–19) Nina Kukharchuk (1923–71) |
Filhos(as) | 5 (Yulia, Leonid, Rada, Sergei e Elena) |
Partido | Partido Comunista |
Religião | Nenhuma (Ateu) |
Profissão | Político, militar |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Lealdade | União Soviética |
Serviço/ramo | Exército Vermelho |
Anos de serviço | 1941–1945 |
Graduação | Tenente-General |
Comandos | 1ª Frente da Ucrânia |
Conflitos | Segunda Guerra Mundial |
Condecorações | |
Nikita Serguêievitch Khrushchov (também grafado Khrushchev ou Cruschev, em cirílico Никита Сергеевич Хрущёв, transl. Nikíta Syerguêievitch Khruchtchof; Kalinovka, Oblast de Kursk, 15 de abril de 1894 – Moscou, 11 de setembro de 1971)[1] foi um político soviético que liderou a União Soviética durante parte da Guerra Fria como Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética de 1953 a 1964 e como presidente do Conselho de Ministros (ou primeiro-ministro) de 1958 a 1964. Khrushchov foi responsável pela desestalinização da União Soviética, pelo apoio ao progresso do primeiro programa espacial soviético, e por várias reformas relativamente liberais em áreas de política interna. Os colegas de partido de Khrushchov o retiraram do poder em 1964, substituindo-o por Leonid Brejnev como primeiro secretário e Alexei Kossygin como primeiro-ministro.
Khrushchov nasceu em 1894 na aldeia de Kalinovka, na Rússia ocidental, perto da fronteira atual entre a Rússia e a Ucrânia. Ele foi empregado como metalúrgico durante sua juventude, e foi comissário político durante a Guerra Civil Russa. Com a ajuda de Lazar Kaganovich, ele subiu na hierarquia soviética. Ele apoiou os expurgos contra a velha guarda bolchevique dirigidos por Josef Stalin, e aprovou milhares de prisões. Em 1938, Stalin o enviou para governar a RSS ucraniana, tendo continuado a repressão durante sua administração. Durante a qual ficou conhecida na União Soviética como a Grande Guerra Patriótica (Frente Oriental da Segunda Guerra Mundial), Khrushchov foi novamente um comissário, servindo como intermediário entre Stalin e seus generais. Khrushchov esteve presente na sangrenta defesa de Stalingrado, fato que lhe causou grande orgulho ao longo de sua vida. Após a guerra, ele retornou à Ucrânia antes de ser chamado a Moscou como um dos conselheiros próximos de Stalin.
Em 5 de março de 1953, a morte de Stalin desencadeou uma luta pelo poder na qual Khrushchov saiu vitorioso ao consolidar sua autoridade como Secretário-Geral. Em 25 de fevereiro de 1956, no XX Congresso do Partido, ele proferiu o "Discurso Secreto", no qual denunciou os expurgos de Stalin e deu início a uma era menos repressiva na União Soviética. Suas políticas internas foram na sua maioria ineficazes, especialmente na agricultura. Esperando eventualmente contar com mísseis para a defesa nacional, Khrushchov ordenou grandes cortes orçamentais nas forças convencionais. Apesar dos cortes, foi justamente durante o governo de Khrushchov que ocorreu o período mais tenso da Guerra Fria, culminando com a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962.
Khrushchov teve forte apoio durante os anos 50 graças a grandes vitórias como na Crise de Suez, no lançamento do Sputnik, na Crise da Síria de 1957, e no incidente do U-2 de 1960. No início dos anos 60, no entanto, a popularidade de Khrushchov foi corroída por falhas em suas políticas, bem como pelo seu comportamento durante a Crise dos Mísseis. Isto encorajou seus oponentes em potencial, que silenciosamente subiram em força e depuseram como primeiro-ministro em outubro de 1964. Entretanto, ele não sofreu o destino mortal das lutas anteriores pelo poder soviético, e foi aposentado com um apartamento em Moscou e um datcha na zona rural. Suas longas memórias foram contrabandeadas ao Ocidente e publicadas em parte em 1970. Khrushchov morreu em 1971 de um ataque cardíaco.