Na metafísica, o nominalismo é a visão de que objetos universais e abstratos não existem de fato além de serem apenas nomes ou rótulos.[1][2] Existem pelo menos duas versões principais de nominalismo. Uma versão nega a existência de universais – coisas que podem ser instanciadas ou exemplificadas por muitas coisas particulares (por exemplo, força, humanidade). A outra versão nega especificamente a existência de objetos abstratos – objetos que não existem no espaço e no tempo.[3]
A maioria dos nominalistas sustentou que apenas os particulares físicos no espaço e no tempo são reais, e que os universais existem apenas post res, isto é, subsequentes a coisas particulares. No entanto, algumas versões do nominalismo sustentam que alguns particulares são entidades abstratas (por exemplo, números), enquanto outros são entidades concretas – entidades que existem no espaço e no tempo (por exemplo, pilares, cobras, bananas).[4]
O nominalismo é principalmente uma posição sobre o problema dos universais, que remonta pelo menos a Platão e se opõe a filosofias realistas, como o realismo platônico, que afirmam que os universais existem além dos particulares e à teoria da substância hilomórfica de Aristóteles, que afirma que os universais são imanentemente reais dentro deles. No entanto, o nome "nominalismo" surgiu de debates na filosofia medieval com Roscellinus.[5]
O termo "nominalismo" deriva do latim nomen, "nome". John Stuart Mill resumiu o nominalismo na expressão "não há nada geral, exceto nomes".[6]
Na [[filosofia do direito], o nominalismo encontra sua aplicação no que se chama nominalismo constitucional.[7]