As Notitiae Episcopatuum (singular: Notitia Episcopatuum) eram documentos oficiais que forneciam aos países orientais a lista e a classificação hierárquica dos bispados metropolitanos e sufragâneos de uma Igreja.[1][2]
Na Igreja Romana (o 'Patriarcado Ocidental' de Roma, de rito majoritariamente latino), arcebispos e bispos eram classificados de acordo com a antiguidade de sua consagração, e na África de acordo com sua idade. Nos patriarcados orientais, no entanto, a posição hierárquica de cada bispo era determinada pela sé que ele ocupava.
Assim, no Patriarcado de Constantinopla, o primeiro metropolita não era o mais longo ordenado, mas quem quer que fosse o titular da Sé de Cesareia; o segundo era o arcebispo de Éfeso, e assim por diante. Em cada província eclesiástica, a posição de cada sufragâneo (sé) era assim determinada, e permanecia inalterada, a menos que a lista fosse posteriormente modificada.
A ordem hierárquica incluía, em primeiro lugar, o patriarca; depois, os "metropolitas maiores", ou seja, aqueles que tinham arquidioceses com sedes sufragâneas; depois, os " metropolitas autocéfalos", que não tinham sés sufragâneas e estavam diretamente sujeitos ao patriarca; depois, outros arcebispos, embora não diferindo funcionalmente dos metropolitas autocéfalos, cujas sés ocupavam uma posição hierárquica inferior à deles e também eram imediatamente dependentes do patriarca; depois, os "simples", ou seja, bispos isentos, nem arcebispos nem sufragâneos; e, por último, os bispos sufragâneos, que dependiam de um arcebispado metropolitano (Maior).
Não se sabe por quem essa ordem tão antiga foi estabelecida, mas é provável que, no início, as sés metropolitanas e os simples bispados isentos tenham sido classificados de acordo com a data de suas respectivas fundações, sendo essa ordem modificada posteriormente por considerações políticas e religiosas.
Os principais documentos (por Igreja) são: