"O Corvo" é um poema narrativo do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. Publicado pela primeira vez em janeiro de 1845,[1] é conhecido principalmente por sua musicalidade, linguagem estilizada e atmosfera sobrenatural. O poema trata da visita misteriosa de um corvo falante a um homem, frequentemente identificado como estudante,[2][3] que lamenta a perda de sua amada, Lenore, e progressivamente enlouquece. Sentado em um busto da Palas Atena, o corvo parece perturbar ainda mais o protagonista com sua constante repetição da expressão "nunca mais". O poema faz referência a elementos folclóricos, mitológicos, religiosos e clássicos.
Poe afirmou, em seu ensaio A Filosofia da Composição, de 1846, ter escrito o poema de maneira lógica e metódica, com a intenção de criar uma obra que agradaria tanto à crítica quanto ao gosto popular. O autor se inspirou, em parte, em um corvo falante do romance Barnaby Rudge: A Tale of the Riots of Eighty, de Charles Dickens.[4] De maneira semelhante, Poe baseou-se no ritmo complexo e métrica do poema Lady Geraldine's Courtship, de Elizabeth Barrett, além de fazer uso da rima interna e da aliteração.[5]
"O Corvo" foi publicado pela primeira vez, com atribuição a Poe, na edição de 29 de janeiro de 1845 do New York Evening Mirror.[5] Sua publicação tornou seu autor popular ainda em vida, mas não lhe trouxe grande sucesso financeiro.[6] Em pouco tempo, o poema foi republicado, parodiado e ilustrado.[7] Há divergências na opinião crítica em relação ao caráter literário do poema, mas ele continua sendo um dos mais famosos poemas anglófonos já escritos.[8]
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