Ostpolitik (na língua alemã significa Política do leste) é um termo usado para descrever os esforços realizados por Willy Brandt, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Chanceler da República Federal da Alemanha para normalizar as relações com as nações da Europa de Leste, incluindo a República Democrática Alemã. A origem do termo refere-se à decisão da Alemanha de focalizar interesses no leste europeu e não somente no oeste, como tinha feito até aí Konrad Adenauer, o primeiro chanceler da República Federal da Alemanha.
Entre os elementos principais da Ostpolitik destacam-se o abandono da Doutrina Hallstein e o reconhecimento da linha Oder-Neisse como fronteira entre a Polónia e a Alemanha Oriental. Também se estreitaram relações comerciais com a Europa de Leste e a União Soviética.
As negociações entre Brandt e o chanceler da Alemanha Oriental, Willi Stoph, começaram rapidamente. No entanto não foi possível chegar a um acordo formal já que Brandt não estava disposto a reconhecer a parte oriental como estado soberano. Em 1970, a Alemanha Ocidental e a União Soviética assinaram o Tratado de Moscovo e pouco tempo depois chegaram os acordos com a Polónia e com outros países do chamado bloco soviético.
O acordo mais controverso foi o chamado Acordo Básico, assinado em 1972, segundo o qual a RFA e a RDA reconheciam-se mutuamente como estados. Isto foi duramente criticado pelos conservadores que afirmaram que este reconhecimento levaria à divisão permanente da Alemanha, como de facto aconteceu até 1989.