Pablo Emilio Escobar Gaviria | |
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Foto antológica de Pablo Escobar em 1976 | |
Nome | Pablo Emilio Escobar Gaviria |
Pseudônimo(s) | El Doctor, El Patrón, Don Pablo, El Señor |
Data de nascimento | 1 de dezembro de 1949 |
Local de nascimento | Rionegro, Antioquia |
Data de morte | 2 de dezembro de 1993 (44 anos) |
Local de morte | Medellín, Antioquia |
Nacionalidade(s) | colombiano |
Ocupação | Chefe do Cartel de Medellín |
Religião | Católico romano |
Crime(s) | Tráfico de drogas Contrabando Extorsão Suborno Assassinatos Lavagem de dinheiro Corrupção política Terrorismo |
Pena | 60 anos de prisão |
Situação | Morto |
Esposa(s) | María Victoria Henao Vallejo (1976-1993) |
Filho(s) | Sebastián Marroquín (1977) Manuela Escobar Henao (1984) |
Valor da recompensa | US$10 milhões (1993) |
Procurado por | Polícia Nacional da Colômbia Drug Enforcement Administration |
Fuga | 22 de julho de 1992 |
Término da fuga | 2 de dezembro de 1993 |
Afiliação(ões) | Cartel de Medellín |
Inimigo(s) | Cartel de Cali Los Pepes Cartel do Vale do Norte |
Pablo Emilio Escobar Gaviria (Rionegro, 1 de dezembro de 1949 – Medellín, 2 de dezembro de 1993) foi um traficante e narcoterrorista colombiano que foi o fundador e único líder do Cartel de Medellín. Apelidado de "o rei da cocaína", Escobar é o criminoso mais rico da história, tendo acumulado um patrimônio líquido estimado em 30 bilhões de dólares no momento de sua morte — equivalente a 64 bilhões de dólares em 2021 — enquanto seu cartel de drogas monopolizou o comércio de cocaína nos Estados Unidos na década de 1980 e início dos anos 1990.[1][2]
Nascido em Rionegro e criado em Medellín, Escobar estudou brevemente na Universidade Autônoma Latino-americana de Medellín, mas saiu sem se formar; em vez disso, ele começou a se envolver em atividades criminosas, vendendo cigarros ilegais e bilhetes de loteria falsos, além de participar de roubos de veículos motorizados. No início da década de 1970, ele começou a trabalhar para vários traficantes de drogas, muitas vezes sequestrando pessoas em busca de resgate. Em 1976, fundou o Cartel de Medellín, que distribuía cocaína em pó e estabeleceu as primeiras rotas de contrabando para os Estados Unidos. A infiltração de Escobar nos EUA criou uma demanda exponencial por cocaína e, na década de 1980, estimava-se que Escobar liderava remessas mensais de 70 a 80 toneladas de cocaína da Colômbia para o país norte-americano. Como resultado, ele rapidamente se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo,[3][4] mas constantemente lutou contra cartéis rivais no país e no exterior, levando a massacres e assassinatos de policiais, juízes, moradores e políticos proeminentes,[5] fazendo da Colômbia a capital mundial do assassinato.[6]
Nas eleições parlamentares colombianas de 1982, Escobar foi eleito membro suplente da Câmara dos Representantes como parte do movimento Alternativa Liberal. Com isso, foi responsável por projetos comunitários como a construção de casas e campos de futebol, o que lhe rendeu popularidade entre os moradores das cidades que frequentava. No entanto, as ambições políticas de Escobar foram frustradas pelos governos colombiano e estadunidense,[7] que rotineiramente pressionavam por sua prisão, acreditando-se que Escobar tenha orquestrado os bombardeios do edifício do Departamento Administrativo de Seguridad e do Voo Avianca 203 em retaliação.
Em 1991, Escobar se rendeu às autoridades e foi condenado a cinco anos de prisão por uma série de acusações, mas fechou um acordo de não extradição com o presidente colombiano César Gaviria, com a possibilidade de ser alojado em sua própria prisão auto-construída chamada La Catedral. Em 1992, Escobar escapou e se escondeu quando as autoridades tentaram transferi-lo para uma prisão mais formal, levando a uma caçada nacional.[8] Como resultado, o Cartel de Medellín desmoronou e, em 1993, Escobar foi morto em sua cidade natal pela Polícia Nacional da Colômbia, um dia após seu aniversário de 44 anos.[9] O legado de Escobar permanece controverso; enquanto muitos denunciam a natureza hedionda de seus crimes, muitos colombianos o veem como uma figura "parecida com Robin Hood", pois oferecia muitas comodidades aos pobres. Sua morte foi lamentada e seu funeral assistido por mais de 25 mil pessoas.[10] Além disso, sua propriedade privada, a Hacienda Nápoles, foi transformada em um parque temático.[11] Sua vida também serviu de inspiração ou foi amplamente dramatizada no cinema, na televisão e na música.