Paleopatologia (do grego: palaiós - antigo + páthos - sofrimento, doença + lógos, estudo)[1] é o estudo das doenças em sociedades do passado e envolve um esforço multidisciplinar, principalmente no campo da história da medicina [2].
A paleopatologia é uma disciplina científica que objetiva duas linhas de evidências: primária e secundária. A primeira inclui restos esqueléticos, tecidos mumificados e estudos clínicos de condições patológicas. As fontes secundárias abrangem representações iconográficas, documentos, materiais não primários recuperados arqueologicamente e informações etnográficas de grupos tradicionais vivos [3].
A "paleopatologia" é frequentemente definida como "o estudo das doenças antigas," uma caracterização aparentemente elegante e simples, que, no entanto, exige uma clarificação dos termos "doença" e "antigo"[3]. A "doença" é geralmente definida como “uma deterioração da saúde ou uma condição de funcionamento anormal”. Portanto, os paleopatologistas estudam não apenas doenças infecciosas, mas também uma infinidade de outras condições que afetam a saúde – por exemplo, artropatias (doenças das articulações); anomalias congênitas; distúrbios circulatórios, endócrinos, de crescimento (displasias), hematológicos e metabólicos; patologias orais; condições neoplásicas; e traumas.
O termo "antigo" pode sugerir que a paleopatologia se concentra exclusivamente em contextos arqueológicos e históricos. No entanto, isso não é verdade. Atualmente, um crescente número de paleopatologistas tem demonstrado que o estudo de doenças em contextos mais recentes pode informar a ciência médica contemporânea[3]. Por exemplo, a perda óssea em materiais do século XIX e mais antigos tem sido estudada para avaliar se a perda anormal de massa óssea (osteopenia) e a perda óssea que leva ao aumento do risco de fraturas (osteoporose) são fenômenos muito recentes, atribuíveis aos estilos de vida contemporâneos, ou se o padrão atual tem raízes no passado distante [4].
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(ajuda)