República do Paraguai | |
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República del Paraguay (espanhol) Tavakuairetã Paraguái (guarani) | |
Lema: Paz y Justicia (Espanhol: "Paz e Justiça") | |
Hino: Paraguayos, República o Muerte | |
Capital e maior cidade |
Assunção |
Língua oficial | Espanhol e guarani |
Gentílico | paraguaio, paraguaiano[1] |
Governo | República unitária presidencialista de partido dominante |
• Presidente | Santiago Peña |
• Vice-presidente | Pedro Alliana |
Legislatura | Congresso |
• Câmara alta | Senado |
• Câmara baixa | Câmara dos Deputados |
Independência da Espanha | |
• Declarada | 15 de maio de 1811 |
Área | |
• Total | 406 752 km² (58.º) |
• Água (%) | 2,3 |
Fronteira | Argentina, Bolívia e Brasil |
População | |
• Censo 2022[2] | 6 109 644 hab. (111.º) |
• Densidade | 15,02 hab./km² (173.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa para 2023 |
• Total | US$ 117,349 bilhões*[3] |
• Per capita | US$ 19 040[3] |
• Total | US$ 44,142 bilhões*[3] |
• Per capita | US$ 7 162[3] |
IDH (2021) | 0,717 (105.º) – alto[4] |
Moeda | Guarani (PYG) |
Fuso horário | (UTC−3[6]) |
Cód. Internet | .py |
Cód. telef. | +595 |
Website governamental | www.presidencia.gov.py |
Paraguai (pronunciado em português europeu: [pɐɾɐˈgwaj]; pronunciado em português brasileiro: [paɾaˈgwaj]; em castelhano: Paraguay, pronunciado: [paɾaˈɣwaj]; em guarani: Paraguái), oficialmente República do Paraguai (em castelhano: República del Paraguay; em guarani: Tavakuairetã Paraguái), é um país do centro da América do Sul, limitado a norte e oeste pela Bolívia, a nordeste e leste pelo Brasil e a sul e oeste pela Argentina.[7] Possui uma área de 406 752 quilômetros quadrados,[8] um pouco maior que o estado brasileiro de Mato Grosso do Sul.[9] Segundo o último Censo em 2022, a população paraguaia foi de 6,1 milhões de habitantes,[2] a maioria dos quais estão concentrados na região sudeste do país. Ao lado da Bolívia, o Paraguai é um dos dois países da América do Sul que não possuem uma saída para o mar.
O Paraguai está localizado no centro-sul da América do Sul. A topografia da área do leste do país é extensamente plana.[10] O principal produto de exportação cultivado nessa região é a soja.[11] No oeste, a principal atividade econômica do cerrado do Grande Chaco é a pecuária.[12] O rio Paraguai divide o país entre o norte e o sul. O próprio rio é a mais importante rota comercial de transporte num país que não tem saída para o mar. São parte integrante da população do Paraguai uma grande quantidade de brasileiros, os brasiguaios. Os brasiguaios abrangem uma área muito grande próximo à fronteira com o Brasil.[13] Essa área ocupada pelos brasiguaios é uma fonte de preocupação para os demais habitantes da região.[14]
A capital e maior cidade é Assunção,[15] cuja região metropolitana é o lar de cerca de um terço da população do país. Em contraste com a maioria das nações latino-americanas, a cultura e a língua nativa do país — o guarani — permaneceram altamente influentes na sociedade. Em cada censo, os residentes predominantemente identificam-se como mestiços, refletindo anos de miscigenação entre os diferentes grupos étnicos do país. O guarani é reconhecido como língua oficial, junto com o espanhol, e ambos os idiomas são falados pela população. Os nativos guaranis viviam no atual território paraguaio por pelo menos um milênio antes dos espanhóis conquistarem o território no século XVI. Os colonizadores espanhóis e missões jesuíticas introduziram o cristianismo e a cultura espanhola para a colônia. O Paraguai estava na periferia do Império Espanhol, com poucos centros urbanos e uma população escassa.
Após a independência da Espanha em 1811, o Paraguai foi governado por uma série de ditadores que implementaram políticas isolacionistas e protecionistas. Este desenvolvimento foi truncado pela desastrosa Guerra do Paraguai (1864–1870), na qual o país perdeu entre 60 e 70% da sua população, por conta da guerra e de doenças, e foi forçado a ceder cerca de 140 000 quilômetros quadrados do seu território para a Argentina e o Brasil. No século XX, o Paraguai sofreu uma sucessão de governos autoritários, culminando no regime de Alfredo Stroessner, que liderou a mais longa ditadura militar da América do Sul, de 1954 a 1989. Ele foi derrubado durante um golpe militar interno e eleições multipartidárias livres foram organizadas e realizadas pela primeira vez em 1993. Um ano depois, o Paraguai se juntou a Argentina, Brasil e Uruguai para fundar o Mercosul, uma colaboração econômica e política regional. O Paraguai era um dos países mais pobres e isolados da região, embora desde a virada do século XXI tenha experimentado um rápido crescimento econômico. Em 2010, sua economia cresceu 14,5 por cento, a maior expansão econômica da América Latina e a terceira mais rápido do mundo (depois de Qatar e Singapura).[16] Em 2011, o crescimento econômico desacelerou para 6,4%, mas manteve-se superior à média global.[17] No entanto, a desigualdade de renda e o subdesenvolvimento permanecem, assim como a dependência econômica do setor primário.