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A Paz de Augsburgo ou de Ausburgo foi um tratado assinado entre Carlos V e as forças da Liga de Esmalcalda em 25 de setembro de 1555 na cidade de Augsburgo, na atual Alemanha.[1]
O resultado da Paz de Augsburgo foi o estabelecimento da tolerância oficial dos luteranos no Sacro Império Romano-Germânico[2]. De acordo com a política de cujus regio, ejus religio[3] a religião (católica ou luterana) do príncipe (príncipe-eleitor) da região seria aquela à qual os súditos desse príncipe se deveriam converter. Foi concedido um período de transição no qual os súbditos puderam escolher se não preferiam mudar-se com família e haveres para uma região governada por um príncipe da religião de sua escolha (Artigo 24: "No caso de os nossos súbditos, quer pertencentes à velha religião ou à confissão de Augsburgo, pretendam deixar suas casas com suas mulheres e crianças por forma a assentar noutra, eles não serão impedidos quer na venda do seu imobiliário desde que pagas as devidas taxas, nem magoados na sua honra"[4]).
Apesar de a Paz de Augsburgo ter sido moderadamente bem-sucedida em aliviar a tensão no império e ter aumentado a tolerância, ela deixou coisas importantes por fazer. Nem os anabaptistas nem os calvinistas ficaram protegidos sob esta paz[5]: muitos grupos protestantes vivendo sob o domínio de um príncipe luterano ainda se encontravam em perigo de acusação de heresia[5]. (Artigo 17: "No entanto, todas as religiões que não aquelas duas mencionadas acima não serão incluídas na presente paz, e estão totalmente excluídas dela."[4]) A tolerância não foi oficialmente estendida a calvinistas antes do Tratado de Vestfália em 1648.
As divisões religiosas criadas pela Paz de Augsburgo deixaram a região politicamente fragmentada até bem depois de outras nações-estados se terem unido[6] (Inglaterra, França, Áustria-Hungria, etc.), desta forma enfraquecendo a Alemanha como potência mundial até ao final do século XIX (apenas em 1871).
Alguns historiadores[3] acham que foi por causa deste atraso na unificação que se verificou um extremo nacionalismo alemão nos séculos XIX e XX, o que levou indirectamente à Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial.