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Peixe-Boi | |||||||||||||||
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Ocorrência: Mioceno Inferior - Recente | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||
![]() Distribuição do Trichechus:
verde: T. manatus vermelho: T. inunguis laranja: T. senegalenis | |||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||
Trichechus inunguis | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Halipaedisca Gistel, 1848 |
Os peixes-bois,[1] vacas-marinhas, manatins[2] ou lamantins, constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, como os dugongos, mas da família dos triquequídeos (Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800 quilos,[3] enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis)pode chegar ate 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos.
Habitam geralmente em águas costeiras e estuarinas quentes e rasas e pântanos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. A Flórida é a localização mais ao norte onde vivem, pois a sua baixa taxa metabólica torna-se difícil no frio e não sobrevivem abaixo dos 15 °C.
Existem quatro espécies de peixe-boi:
Uma suposta quinta espécie foi relatada em 2007 por Marc van Roosmalen,[5] mas sua validade foi logo questionada.[6]
No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Os peixes-bois vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas no Brasil e Peru, e no rio Orinoco na Venezuela, e vive apenas em água doce.
Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967[7] e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.
Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por dia se alimentando.[3] Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. São muito parecidos com os dugongos e a principal diferença entre o peixe-boi e o dugongo é a cauda. São animais muito mansos e, por este motivo, eles são facilmente caçados e atualmente encontram-se em risco de extinção.