Penicillium chrysogenum | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Penicillium chrysogenum Thom |
Penicillium chrysogenum é um bolor amplamente distribuído na natureza, frequentemente encontrado vivendo em alimentos e em ambientes interiores. Antes conhecido como Penicillium notatum.[1] Em raras ocasiões foi apontado como causa de doença em humanos. É a fonte de vários antibióticos beta-lactâmicos, o mais conhecido dos quais é a penicilina. Entre outros metabolitos secundários de P. chrysogenum incluem-se várias penicilinas diferentes, roquefortina C, meleagrina, crisogina, xantocilinas, ácidos secalónicos, sorrentanona, sorbicilina, e toxina PR.[2]
Como muitas outras espécies do género Penicillium, P. chrysogenum reproduz-se formando cadeias secas de esporos (ou conídios) a partir de conidióforos em forma de escova. Os conídios são tipicamente transportados por correntes de ar até novos locais de colonização. Em P. chrysogenum os conídios são azuis a verde-azulados, e o bolor pode por vezes exsudar um pigmento amarelo. Contudo, P. chrysogenum não pode ser identificado com base apenas na cor. A observação da morfologia e de caracteres microscópicos é necessária para confirmar a sua identidade.
Os esporos aéreos de P. chrysogenum são importantes alérgenos humanos. As principais proteínas alergénicas são as proteases vacuolares e as serino-proteases alcalinas.[3]
P. chrysogenum tem sido usado industrialmente para obtenção de penicilina e xantocilina X, no tratamento de resíduos de fabrico de polpa de papel, e para produzir as enzimas poliamino-oxidase, fosfogluconato desidrogenase e glicose oxidase.[2][4]