Biologia celular |
---|
Célula animal |
Organelos da célula animal |
Célula vegetal |
Organelos da célula vegetal
1. Cloroplasto
2. Vacúolo
3. Núcleo
|
Portal Biologia celular Portal Biologia |
Peroxissoma (português de Portugal), Peroxissomo (português do Brasil) é um organelo envolvido por uma membrana (conhecido antigamente como microcorpo) e presente no citoplasma de quase todas as células eucarióticas.[1][2] São organelos com atividade de síntese e decomposição de peróxido de hidrogénio, tendo esta caraterística dado o nome a estes organelos. Frequentemente, o oxigénio molecular é necessário para a atividade catalítica de muitas enzimas do organelo, a partir do qual, o peróxido de hidrogénio (H2O2) é formado (substância altamente tóxica para a célula). Nos peroxissomas, por meio da enzima catalase, o H2O2 é convertido em oxigénio molecular (O2) e água (H2O).[3][4][5] Os peroxissomas desempenham papéis-chave no metabolismo lípidico e na conversão de espécies reativas de oxigénio. Os peroxissomas estão envolvidos no catabolismo de ácidos gordos de cadeia muito longa (VLCFA, pelo ingês Very Long Chain Fatty Acids, isto é, ácidos gordos com 24 ou mais átomos de carbono), ácidos gordos de cadeia ramificada, intermediários de ácidos biliares (no fígado), D-aminoácidos, e poliaminas;[6] na redução de espécies reativas de oxigénio - especificamente peróxido de hidrogénio[3] - e na biossíntese de plasmogénios, isto é, fosfolípidos éter necessários para o normal funcionamento do cérebro e pulmões dos mamíferos.[7] Os peroxissomas também contêm aproximadamente 10% da atividade total de duas enzimas (Glicose-6-fosfato dehidrogenase e 6-fosfogliconato dehidrogenase) na via pentose-fosfato,[7][8] que é importante para o metabolismo energético. Se os peroxissomas estão envolvidos na síntese de isoprenóides e colesterol em animais ainda é assunto em debate.[7]
Outras funções conhecidas incluem o ciclo do glioxilato no germinar de sementes ("glioxissomas")[carece de fontes], na fotorespiração de folhas,[9] glicólise em trypanosomas ("glicossomas") e na oxidação de metanol e/ou aminas e na assimilação de algumas leveduras.
As investigações neste campo tem sido intensas nas últimas duas décadas.