Peste Negra | |
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![]() Mapa da propagação da peste negra na Europa | |
Doença | |
Local | Eurásia |
Período | 1343–1353 (auge) |
Estatísticas globais | |
Mortes | 25–75 milhões (est) |
Peste Negra (também conhecida como Grande Peste, Peste ou Praga) foi uma das pandemias mais devastadoras registadas na história humana, tendo resultado na morte de 25 a 75 milhões de pessoas na Eurásia,[1] atingindo o pico na Europa entre os anos de 1347 e 1351. Acredita-se que a bactéria Yersinia pestis, que resulta em várias formas de peste (septicémica, pneumónica e, a mais comum, bubónica), tenha sido a causa.[2] A Peste Negra foi o primeiro grande surto europeu de peste e a segunda pandemia da doença.[3] A praga criou uma série de convulsões religiosas, sociais e económicas, com efeitos profundos no curso da história da Europa.
A Peste Negra provavelmente teve a sua origem na Ásia Central[4] ou na Ásia Oriental,[5][6][7] de onde viajou ao longo da Rota da Seda, atingindo a Crimeia em 1343.[8] De lá, era provavelmente transportada por pulgas que viviam nos ratos que viajavam em navios mercantes genoveses, espalhando-se por toda a bacia do Mediterrâneo, atingindo o resto da Europa através da península italiana.
Estima-se que a Peste Negra tenha matado entre 30% a 60% da população da Europa.[9] No total, censos dos últimos anos estimam que a peste pode ter reduzido a população mundial de 475 milhões para 350–375 milhões no século XIV.[10] A população da Europa demorou cerca de 200 anos a recuperar o nível anterior[11] e algumas regiões (como Florença) recuperaram apenas no século XIX.[12][13][14] A peste retornou várias vezes como surtos até ao início do século XX.