Peter Brian Medawar (Petrópolis, 28 de fevereiro de 1915 — Londres, 2 de outubro de 1987[1]) foi um biólogo e escritor britânico.[2] nascido no Brasil, cujos trabalhos sobre a rejeição de enxertos e a descoberta da tolerância imunológica adquirida foram fundamentais para a prática médica de transplantes de tecidos e órgãos. Por seus trabalhos científicos é considerado o "pai do transplante".[3] Ele é lembrado por sua inteligência tanto pessoalmente quanto em escritos populares. Zoólogos famosos como Richard Dawkins referiu-se a ele como "o mais espirituoso de todos os escritores científicos"[4] e Stephen Jay Gould como "o homem mais inteligente que já conheci".[5]
Medawar era o filho mais novo de pai libanês e mãe britânica, e era cidadão brasileiro e britânico de nascimento. Estudou no Marlborough College e no Magdalen College, Oxford e foi professor de zoologia na Universidade de Birmingham e da Universidade College London. Até ficar parcialmente incapacitado por um infarto cerebral, ele foi Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Médica em Mill Hill.[6] Com sua aluna de doutorado Leslie Brent e seu colega de pós-doutorado Rupert E. Billingham, ele demonstrou o princípio da tolerância imunológica adquirida (o fenômeno da falta de resposta do sistema imunológico a certas moléculas), previsto teoricamente por Sir Frank Macfarlane Burnet. Isso se tornou a base do transplante de tecidos e órgãos.[7] Ele e Burnet dividiram o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1960 "pela descoberta da tolerância imunológica adquirida".[8][9]
↑Mitchison, N. A. (1990). "Peter Brian Medawar. 28 February 1915 – 2 October 1987". Biographical Memoirs of Fellows of the Royal Society. 35: 283–301. doi:10.1098/rsbm.1990.0013. PMID 11622280.