Pidgin (pron. 'pɪdʒəŋ) ou língua de contacto é uma palavra de origem inglesa que designa qualquer língua criada, normalmente de forma espontânea, a partir da mistura de duas ou mais línguas e que serve de meio de comunicação entre os falantes dessas línguas.
O conceito é originário da Europa, onde, a partir da Idade Média, os comerciantes do Mediterrâneo usavam a lingua franca ou sabir.[1]
Os pidgins têm normalmente gramáticas rudimentares e um vocabulário restrito. Podem, no entanto, desenvolver-se, transformando-se em línguas crioulas. Um pidgin diferencia-se de uma língua crioula, que tem vocabulário e gramática plenamente desenvolvidos, tornando-se a primeira língua de uma comunidade de fala. A maioria dos linguistas acredita que uma língua crioula se desenvolva através de um processo de nativização de um pidgin, ou seja, quando crianças falantes do pidgin passam a utilizá-lo como primeira língua, adquirindo complexidade e estabilidade típicas de uma língua. Então, a língua crioula substitui o pidgin como forma de comunicação, à semelhança do que acontece as línguas crioulas de Cabo Verde ou da Guiné-Bissau. Um outro exemplo bem conhecido é o bichlamar, língua crioula melanésia que se baseia no inglês, com incorporação de palavras malaias, chinesas, francesas e portuguesas.
Mas nem sempre os pidgins se transformam em crioulos: podem morrer ou tornar-se obsoletos, tal como ocorreu com aqueles falados nos séculos XVII e XVIII, em Angola, resultantes da mistura entre o português europeu e as línguas nativas. Esses pidgins acabaram por dar origem a variedades linguísticas ou línguas crioulas, popularmente denominadas "pequeno português".[2]
A criação de um pidgin requer normalmente: